A revolução dos carros chineses já não é mais uma previsão futurista: ela está acontecendo agora, especialmente na Europa, onde mais de 20% dos carros vendidos atualmente vêm da China.
Em meio a mais de 150 fabricantes tentando se destacar no país asiático, alguns nomes já começam a se firmar como os grandes protagonistas dessa nova era automotiva.
O site Top Gear, uma das publicações mais respeitadas do setor, decidiu colocar 20 desses modelos à prova em um rigoroso teste de pista.
O objetivo? Separar o que realmente vale a pena daquilo que não passa de promessas baratas. O resultado trouxe boas surpresas.
MG Cyberster, Lotus Eletre e Emiya, além do XPeng G6, ganharam elogios por desempenho, acabamento e usabilidade. Já modelos como o Chery Omoda 5 e o Skywell BE11 decepcionaram por completo.
O mais interessante é que, a cada novo lançamento, a qualidade média dos carros chineses melhora.
Essa curva de aprendizado lembra muito o que aconteceu com os carros japoneses nos anos 70 e com os coreanos nos anos 2000.
Mas com uma diferença: os chineses estão evoluindo muito mais rápido. Em poucos anos, deixaram de ser sinônimo de cópia malfeita e passaram a oferecer soluções competitivas, especialmente no segmento de elétricos compactos.
Um dos maiores exemplos disso é o BYD Dolphin Surf, vendido no Reino Unido por cerca de 18 mil libras esterlinas (cerca de 25 mil dólares). Um carro elétrico, moderno e funcional por esse preço?
Em tempos de inflação global e carros cada vez mais caros, a proposta soa irresistível para muitos consumidores. E não é exagero imaginar que, se não fossem as barreiras tarifárias, ele já estaria rodando pelas ruas americanas.
Essa ofensiva chinesa não se limita à Europa.
O plano é dominar também mercados emergentes, onde o custo-benefício fala mais alto que a tradição de marca. Países do sul global, onde antes Toyota, Volkswagen e Ford reinavam soberanas, estão cada vez mais abertos às novidades vindas do oriente.
Enquanto isso, os Estados Unidos tentam proteger sua indústria com tarifas e barreiras comerciais. Mas até quando isso será sustentável?
O consumidor médio está cada vez mais consciente, e diante da opção de pagar menos por algo bom, a bandeira de origem pode perder importância. Se já compramos celulares, roupas, eletrônicos e até comida da China, por que não carros também?
O domínio chinês sobre a próxima geração de veículos não depende apenas de fazer o melhor carro, mas de oferecer o pacote certo, na hora certa.
E nesse jogo, parece que eles estão um passo à frente.
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