China recomenda montadoras locais a não investir em fábricas no exterior

Fontes ouvidas pela Reuters afirmaram que o governo chinês está desaconselhando os fabricantes locais a investir em fábricas no exterior, indicando que o país tem excesso de produção, apesar da estratégia de expansão global.

Como se sabe, existem fabricantes demais na China e o excesso de fábricas fazendo carros elétricos geram uma guerra de preços que está destruindo fabricantes menores, já que as vendas desaceleraram e o maior tem sempre mais chance de sobreviver que o menor.

Numa reunião com os fabricantes, Pequim expressou preocupação com tais investimentos, muito em parte em decorrência da geopolítica desfavorável ao país. Assim, recomendou não investirem em regiões como a Índia, por exemplo.

China e Índia têm problemas fronteiriços no Himalaia e a MG opera no subcontinente apenas por ser uma marca inglesa, porém, sua dona é a chinesa SAIC, que agora está na berlinda.

O governo popular também recomendou evitar investimentos pesados na Europa, ainda que tenha reconhecido que é melhor produzir lá e evitar multas, que tentar forças com importações custosas.

Pequim teria dito que o ideal é construir plantas para montagem com componentes importados da China, mas o governo não proibiu a exportação de nenhuma tecnologia das marcas locais.

A China também “fortemente desaconselhou” investimentos com fábricas na Rússia e na Turquia. Esta última certamente é em resposta à sobretaxa de 40% para carros chineses.

Já o país beligerante ao norte, tem muitas fábricas herdadas do êxodo de marcas estrangeiras que saíram após o início da Guerra da Ucrânia. O governo chinês também não recomendou investir muito em fábricas na Tailândia.

Os EUA, nesse caso, está fora de questão, uma vez que americanos e também os canadenses, colocaram uma verdadeira muralha da China para impedir a entrada de carros chineses…

A América Latina não foi citada, o que significa que os fabricantes chineses podem gastar o que quiserem na região, em especial no Brasil e no México. Então, logo teremos mais fábricas de chinesas por aqui? É o que o governo brasileiro quer.