Chinesas contornarão sobretaxa na Europa com fábricas locais

byd fabrica 4
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Se você já percebeu, os fabricantes chineses estão chegando aos montes ao Brasil e, entre anúncios de carros elétricos, híbridos plug-in e preços agressivos, outro ponto em comum é a produção nacional.

Com o imposto de importação indo para 35% em julho de 2026, ainda que a Anfavea pressione o governo para antecipar essa tarifa do imposto de importação, todas as chinesas sabem que o fim das alíquotas graduais acabará em breve.

Assim, praticamente todas – até mesmo a Seres, que suspendeu a operação para reavaliar sua estratégia – falam em plantas por aqui, com BYD e GWM já tendo unidades no país, assim como a Chery terá praticamente de volta a fábrica para as Omoda e Jaecoo.

Mas, esse movimento, que inclui até transferir a guerra de preços da China para cá, não será exclusividade brasileira. Na Europa, a sobretaxa de até 38,1% para carros chineses fez com que as montadoras do gigante asiático acelerassem ou mudanças seus planos para a região.

Como se pode pagar até quase 50% de imposto, os fabricantes chineses decidiram fazer lá o mesmo que aqui, ou seja, investir em fábricas nos países do bloco e até mesmo na Turquia, onde a taxa é de 40%, porém, o país é estratégico porque supre a demanda da União Europeia.

A SAIC negocia com a Espanha, a Volvo decidiu fazer o EX30 na Bélgica, enquanto NIO e Xpeng pensam também em ter fábricas no velho mundo, bem como locais como a Stellantis, escolheu a Polônia para o Leapmotor T03.

Tudo para evitar a sobretaxa, que simplesmente arruinaria as margens de lucro chinesas na região, com a MG, por exemplo, caindo de 24% para apenas 1%. Melhor produzir no continente e com todos os custos maiores, que perder espaço.

Ainda que a balança fique mais equilibrada para o lado dos europeus, não se pode subestimar os chineses, como alguns fabricantes sugerem ao convidá-los para ter, na produção local, o mesmo custo de autopeças, encargos diversos, etc.

Para outros fabricantes, não ter tarifa significa que terão mais trabalho, mas é exatamente isso que fará com que avancem tecnologicamente para vencer o concorrente.

 

 

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X