Fugir da morte é impossível, mas tem muita gente tentando escapar dos impostos. Essa máxima secular, popularizada por Benjamin Franklin, segue mais viva do que nunca — principalmente quando se trata de donos de carros nos Estados Unidos.
A cidade de New Haven, no estado de Connecticut, resolveu enfrentar de frente um grupo determinado de motoristas que tentava burlar as regras para evitar pagar taxas veiculares.
Para isso, a prefeitura contratou uma empresa especializada em investigações fiscais, que recebeu uma missão nada comum: cruzar dados de placas e endereços e sair pelas ruas da cidade à caça dos veículos suspeitos.
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O objetivo? Identificar automóveis registrados fora da cidade, mas que claramente circulam e permanecem ali — ou seja, carros escondidos em garagens, estacionados discretamente em quintais ou até parados na frente das casas de seus verdadeiros donos.
A estratégia, por mais inusitada que pareça, já está dando frutos. De acordo com as autoridades locais, mais de 500 veículos foram identificados em situação irregular.
E o mais impressionante: pelo menos 180 motoristas já admitiram que vivem, sim, em New Haven e reconhecem que devem os tributos. O resultado foi que cerca de 27 mil dólares em impostos começaram a entrar nos cofres da cidade — e esse valor deve crescer nas próximas semanas.
Alguns dos acusados decidiram reagir e estão tentando provar na Justiça que não moram oficialmente na cidade. A prefeitura, por sua vez, garante que o objetivo não é taxar ninguém indevidamente, mas sim garantir que todos paguem sua parte.
A justificativa é simples: sem arrecadação, não há como manter serviços públicos como policiamento, escolas, asfaltamento de ruas e outras melhorias essenciais para a população.
O prefeito Justin Elicker foi direto ao comentar o caso: “Os impostos pagam pelas coisas que os moradores me pedem todos os dias. Se queremos professores, ruas em boas condições e policiais nos bairros, precisamos arrecadar o que é devido.”
A fala reforça a linha dura que a cidade decidiu adotar contra quem tenta driblar o fisco.
No fim das contas, a mensagem da prefeitura é clara: esconder o carro pode parecer uma boa ideia por um tempo, mas cedo ou tarde o sistema te acha — e a conta chega. E com juros.
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