Cientistas de Harvard criam superborracha para pneus que promete os fazer durar 10 vezes mais

Borracha está em praticamente todo canto de um carro moderno.

Pneus, correias dentadas, coxins, mangueiras e por aí vai. Com o tempo, todos esses componentes se desgastam, geralmente rachando após milhares de ciclos de esticamento e compressão.

Mas cientistas de Harvard podem ter encontrado uma solução revolucionária: uma nova composição de borracha até quatro vezes mais resistente a rachaduras e até dez vezes mais forte que os compostos usados hoje .

Entre as aplicações citadas pelos pesquisadores, pneus e correias se destacam.

Pneus run-flat já existem, mas um modelo convencional mais forte, resistente a furos ou danos laterais, seria um avanço imenso.

Melhor ainda, uma versão mais leve e sustentável também se tornaria viável, favorecendo o consumo de combustível.

Só que a ideia vai além das rodas. Correias do motor, especialmente as dentadas, são candidatas perfeitas para essa inovação.

Em motores de interferência, quando a correia arrebenta, os pistões podem colidir com as válvulas, destruindo o propulsor.

Hoje, muitas marcas usam corrente de comando no lugar da correia, por ser mais resistente, porém ela é mais barulhenta e cara. Uma correia de borracha dez vezes mais forte seria o equilíbrio ideal entre durabilidade, custo e silêncio de funcionamento.

Mas como Harvard conseguiu isso? O segredo está no modo de produção.

Em vez do processo tradicional de vulcanização, que cria cadeias curtas e densas de polímero, os pesquisadores adotaram um método mais suave, semelhante ao do látex.

Isso preserva as cadeias longas e naturais da borracha, que se entrelaçam como um prato de espaguete. O nome técnico dado foi “tanglemer”, em referência aos emaranhados que criam uma estrutura interna muito mais resistente ao estresse mecânico.

A metáfora do espaguete ajuda a visualizar: ao passar um garfo por um prato de cotovelos ou parafusos, o macarrão se move facilmente. Com espaguete, o garfo arrasta tudo.

O mesmo acontece com essa nova borracha, que resiste ao movimento e mantém sua estrutura, mesmo sob alta pressão ou esforço repetido.

Por ora, o processo consome muita água e só é viável para itens finos. Mas mesmo assim, já se vislumbra o uso em itens como luvas médicas ou capas protetoras, que ganhariam mais resistência e durabilidade.

Com mais pesquisas e ajustes, a aplicação em componentes mais espessos, como pneus ou peças automotivas, parece uma questão de tempo.

Se essa tecnologia vingar, pode representar uma nova era para os materiais de borracha no setor automotivo.

Deixando para trás o medo de falhas mecânicas por desgaste prematuro, a inovação pode transformar a confiabilidade e a eficiência dos veículos em um patamar completamente novo.



Quer receber todas as nossas notícias em tempo real?
Acesse nossos exclusivos: Canal do Whatsapp e Canal do Telegram!
formulario noticias por email

O que você achou disso?

Toque nas estrelas!

Média da classificação / 5. Número de votos:

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.



noticias
Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 20 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.