
O que era para ser a realização de um sonho virou um verdadeiro pesadelo para um comprador que decidiu adquirir seu próximo carro em uma concessionária que fica a 10 horas de viagem de sua casa.
Após encontrar o veículo ideal, com o preço, acabamento e estado de conservação desejados, o cliente deu início ao processo de compra, fez um sinal de US$ 10 mil (cerca de R$ 55 mil) e começou a planejar a viagem de 10 horas até o local da retirada.
No entanto, ao chegar na loja, a promessa virou decepção.
Desde o início, o comprador foi transparente: faria uma troca com seu carro atual e precisaria de alguns dias para buscar o novo veículo, por estar em outro estado. Tudo parecia acertado.
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Documentos assinados, financiamento aprovado, pagamento confirmado. O vendedor garantiu que o carro estaria reservado e esperando por ele. Mas, ao chegar na loja, o clima mudou drasticamente.
Assim que anunciou sua chegada, o vendedor ficou visivelmente desconcertado e chamou o gerente. A notícia foi um balde de água fria: o carro havia sido vendido dias antes para outra pessoa.
Como forma de “compensação”, ofereceram um desconto de mil dólares em outro modelo do estoque, mas o cliente recusou. “Eu vim até aqui por esse carro específico, o resto eu encontro na esquina de casa”, relatou.
Indignado, ele se hospedou em um hotel e começou a relatar o ocorrido em sites de avaliação. A reação foi imediata: várias mensagens e ligações do vendedor pedindo que as críticas fossem apagadas.
O tom, que começou como um pedido, logo virou ameaça. Segundo ele, o funcionário passou a dizer que o estorno do valor só ocorreria se os comentários negativos fossem retirados do ar.
Diante da gravidade da situação, o cliente procurou um advogado. A resposta foi clara: a venda do carro a outro comprador, apesar de desonesta, não é ilegal.
Porém, condicionar a devolução do dinheiro à exclusão das críticas online configura crime grave, podendo ser enquadrado como fraude e até roubo, já que não houve entrega de produto em troca do pagamento.
O advogado assumiu o caso e orientou que nenhuma comunicação fosse feita com o vendedor ou a loja.
Ele entrou em contato com a promotoria local e descobriu que não se trata de um caso isolado: há registros de diversas reclamações anteriores contra essa mesma concessionária, que é uma revendedora independente e não está ligada a nenhuma marca oficial.
Mesmo com a repercussão e o envolvimento legal, a loja seguiu pressionando. O cliente relatou que recebeu mensagens de diversos funcionários, incluindo o próprio dono, por redes sociais e até pelo LinkedIn.
Em vez de pedir desculpas, dobraram a aposta e aumentaram o assédio. Todas as mensagens foram preservadas para fortalecer o processo jurídico.
Depois de muito estresse, o dinheiro foi finalmente devolvido, mas sem qualquer pedido formal de desculpas ou compensação real pelo transtorno.
O comprador afirmou que não retirará as críticas feitas e pretende atualizá-las assim que o processo for finalizado. “O que aconteceu comigo não pode acontecer com mais ninguém. Eles mexeram com a pessoa errada”, disse ele.
A história serve como alerta a quem busca veículos fora da sua cidade ou estado. Nem sempre a promessa feita por telefone ou e-mail será cumprida.
E quando o negócio começa com omissão e termina com chantagem, o prejuízo pode ser bem maior do que financeiro: é a confiança no mercado que se perde.
[Fonte: Reddit]
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