A Nissan está apostando alto em sua nova picape híbrida produzida na China, e os sinais indicam que a estratégia vai muito além do mercado local.
Batizada de Z9, a picape é fabricada pela Zhengzhou Nissan e representa uma variação eletrificada da conhecida Frontier — mas com identidade própria e foco em inovação tecnológica.
A Z9 foi pensada inicialmente para atender à crescente demanda por veículos eletrificados na China, mas rapidamente passou a ocupar papel central na estratégia global da marca japonesa.
Com motorização híbrida plug-in que entrega até 410 cv e opção de rodar até 135 km no modo 100% elétrico, a picape surpreende não apenas no desempenho, mas também no custo-benefício.
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A versão de entrada parte de aproximadamente R$ 87 mil (119.800 yuans), enquanto a versão com maior autonomia elétrica custa cerca de R$ 123 mil (168.900 yuans), valores extremamente competitivos frente aos rivais eletrificados no mercado mundial.
Esse posicionamento estratégico reforça o plano da Nissan de transformar a China não apenas em mercado consumidor, mas em polo de desenvolvimento e exportação de veículos.
Durante o lançamento do modelo, executivos da marca confirmaram que a picape híbrida Z9 deve ganhar versões para mercados internacionais já a partir de 2026.
Stephen Ma, presidente da Dongfeng Motor e líder do comitê de gestão da Nissan na China, destacou que a empresa está investindo fortemente em pesquisa, desenvolvimento e manufatura local como parte de uma ofensiva global.
A ideia é clara: usar a Frontier chinesa como plataforma de expansão no segmento de picapes leves eletrificadas, com possibilidades até mesmo de produção em outros países, como os Estados Unidos.
Com um mercado cada vez mais receptivo a veículos híbridos, especialmente após o sucesso da Ford Maverick, a Frontier plug-in surge como uma resposta direta da Nissan — e com diferenciais relevantes.
A autonomia elétrica estendida e a alta potência do conjunto híbrido fazem da Z9 uma opção versátil tanto para uso urbano quanto para aventuras fora de estrada.
A carroceria é similar à da Frontier Pro vendida fora da China, o que facilita sua adaptação para diferentes exigências regulatórias e preferências regionais.
Além disso, o visual robusto e o preço acessível ampliam o apelo da picape entre consumidores que buscam uma alternativa eletrificada sem pagar preços exorbitantes.
Mao Limin, vice-presidente executivo da ZNA, reforçou que a meta é ambiciosa: transformar a marca em uma das maiores exportadoras de picapes do mundo e atingir 100 mil unidades vendidas globalmente em até três anos.
Por ora, o modelo será vendido exclusivamente na China, mas seu futuro parece promissor — e a nova geração da Frontier híbrida pode em breve estar rodando pelas ruas de diversos países.
Com essa movimentação, a Nissan sinaliza que sua nova era nas picapes será guiada pela eletrificação, pela competitividade e por uma estratégia global que nasce na China, mas mira o mundo inteiro.
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