
Uma forte tempestade no interior de São Paulo obrigou a Toyota a tomar medidas drásticas para manter seus trabalhadores e a produção em funcionamento.
A fábrica de motores da montadora japonesa em Porto Feliz foi severamente danificada por ventos e chuvas intensas no último dia 22 de setembro, paralisando imediatamente suas operações e afetando também outras unidades do grupo, como Sorocaba e Indaiatuba.
Diante do cenário de destruição, a montadora propôs um plano de layoff temporário aos funcionários, que foi aprovado por ampla maioria.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e região, 96% dos votantes foram favoráveis à proposta de afastamento com preservação de direitos.
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Dos 4.492 trabalhadores aptos a votar, 3.709 participaram da votação realizada no último domingo.
O plano de layoff terá início em 21 de outubro, logo após um período emergencial de 20 dias de “férias coletivas” que começa nesta quarta-feira.

O afastamento poderá ser prorrogado mensalmente por até 150 dias, de acordo com a evolução das obras de recuperação da planta de Porto Feliz.
A empresa confirmou que os danos estruturais na unidade de motores são significativos e que o retorno das atividades levará ainda alguns meses.
Para contornar o impacto na produção, a Toyota está buscando fornecedores alternativos de motores dentro de suas operações internacionais, com o objetivo de retomar o ritmo nas unidades de Sorocaba e Indaiatuba, onde são montados modelos como Yaris, Corolla e Corolla Cross.
Um dos principais pontos negociados entre sindicato e empresa foi a manutenção dos salários durante o período de layoff.
Todos os trabalhadores com rendimento bruto de até R$ 10 mil mensais terão o salário integral garantido durante o afastamento, o que foi considerado uma vitória pela categoria.
A Toyota reforçou que está comprometida com a segurança dos funcionários e com a manutenção dos empregos, mesmo diante do cenário de força maior.
Ainda assim, o episódio acende um alerta sobre a vulnerabilidade da infraestrutura industrial brasileira frente a eventos climáticos extremos, cada vez mais frequentes.
Enquanto a empresa calcula os prejuízos e reestrutura sua cadeia de fornecimento, a prioridade é garantir que as linhas de montagem em outras cidades não parem completamente.
O impacto total do temporal nas operações da Toyota no Brasil ainda é incerto, mas já representa um dos episódios mais desafiadores para a montadora no país nos últimos anos.
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