
O Tesla Cybertruck ainda nem completou um ano nas ruas e já está no centro de mais uma polêmica jurídica.
Desta vez, o motivo é a ausência de um item bastante específico: uma barra de LED para uso off-road, instalada no teto do veículo e prometida como parte do pacote exclusivo “Foundation Series”.
Vários proprietários, no entanto, alegam que o acessório simplesmente não veio com seus veículos.
O caso mais emblemático é o de Eric Schwartz, morador da Califórnia, que entrou com uma ação judicial alegando que comprou um Cybertruck Cyberbeast em dezembro de 2023, pagando US$ 20 mil a mais pelo pacote Foundation
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Essa versão prometia vários diferenciais, incluindo a barra de LED posicionada acima do para-brisa.

Segundo o processo, Schwartz recebeu o veículo sem o item e, apesar de várias tentativas de contato com a Tesla, a empresa teria se recusado a fornecer a peça.
A ação coletiva tenta representar todos os compradores californianos que adquiriram o modelo com a expectativa — reforçada por materiais publicitários — de que a luz estaria incluída.
A acusação é direta: a Tesla teria induzido os clientes ao erro, vendendo um carro com características que, na prática, não foram entregues.
O processo afirma que os consumidores sofreram um “dano real”, uma vez que pagaram por um produto que não correspondeu ao que foi anunciado. E mais: alguns compradores declaram que não teriam fechado o negócio caso soubessem que o acessório seria omitido.
Essa não é a única batalha jurídica recente da Tesla. Dias antes, uma outra ação coletiva foi autorizada na justiça federal dos EUA. Ela acusa a empresa de enganar consumidores sobre as reais capacidades do sistema de condução autônoma.

A juíza Rita Lin decidiu que a Tesla deverá se explicar sobre promessas feitas por Elon Musk e pela própria companhia em redes sociais, no site oficial e em campanhas publicitárias.
O caso da barra de LED pode parecer pequeno, mas escancara uma tendência preocupante: a repetição de promessas não cumpridas por parte da Tesla.
A empresa tem um histórico de vender expectativas futuristas — seja com a condução autônoma, seja com funcionalidades extras — que muitas vezes não chegam aos consumidores como prometido.
A questão agora é saber até onde isso pode ir. Em um mercado onde confiança e inovação caminham lado a lado, entregar menos do que o anunciado pode sair muito caro.
Para a Tesla, esse tipo de deslize vai além de um acessório não instalado — é uma ameaça direta à credibilidade de uma marca que se vende como símbolo do futuro.
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