Manter um sedã esportivo alemão como o BMW M3 nunca foi barato, mas um orçamento recente de concessionária deixou até os entusiastas mais calejados de queixo caído.
Um proprietário de um BMW M3 2021 compartilhou em um fórum automotivo a estimativa de US$ 1.199,85, o equivalente a R$ 6.500, para serviços rotineiros que poderiam custar menos de um terço desse valor fora da rede autorizada.
Segundo o relato, o pacote incluía troca de óleo, substituição do filtro de ar da cabine, um “vehicle check” e algo chamado de “Standard Scope”.
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À primeira vista, nada fora do comum — mas os preços cobrados chamaram atenção.
A troca de óleo, por exemplo, custaria US$ 399, ou R$ 2.100, valor que dificilmente se justifica considerando que o M3 utiliza 7,4 litros de óleo 0W-30, que não é o mais caro do planeta.
Mesmo pagando US$ 15 por litro, a conta de peças mal chegaria a US$ 105.
Mais escandaloso ainda foi o orçamento para o filtro de cabine: US$ 340, ou R$ 1.800.
Trata-se de um componente simples, fabricado pela Valeo, usado também em modelos básicos da Série 3, e facilmente encontrado por menos de US$ 40 em qualquer loja de autopeças.
Para piorar, o acesso ao filtro não é nada complexo, como comprovam vídeos de substituição com menos de quatro minutos de duração.
As cobranças mais enigmáticas foram as de serviços sem peças envolvidas. O “Standard Scope”, avaliado em US$ 179,95 (R$ 970), parece se resumir a uma varredura do sistema eletrônico via OBDII.
Já o “Vehicle Check”, de US$ 279,95 (R$ 1.500), é descrito como uma inspeção geral do carro.
Somados, esses dois itens representam quase metade do orçamento — por serviços que poderiam ser feitos em oficinas independentes a uma fração do valor.
Para o proprietário, a proposta da concessionária veio com um detalhe suspeito: ela foi apresentada imediatamente após o fim do período de manutenção gratuita oferecido pela BMW.
A resposta foi direta. O dono relatou que olhou nos olhos do consultor, recusou o orçamento e foi comprar as peças necessárias em um fornecedor alternativo especializado, a FCPEuro.
O caso serve de alerta para proprietários de carros premium: muitos serviços de manutenção podem ser realizados com peças originais ou equivalentes em oficinas independentes, sem comprometer a qualidade e com economia significativa.
Enquanto alguns consumidores aceitarem orçamentos inflados, as marcas dificilmente mudarão sua política de preços em serviços básicos.
No fim, a história expõe uma realidade comum no mundo dos esportivos de luxo: o custo de manutenção em concessionárias pode ser desproporcional, transformando itens rotineiros em despesas que beiram o absurdo.
No Brasil, não é muito diferente, onde a Mercedes-Benz, por exemplo, cobra R$ 3.100 por uma revisão bem básica em modelos como GLA e GLB.
Para quem conhece o carro e sabe buscar alternativas confiáveis, o bolso agradece.
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