Concessionária é processada por fraude em hodômetros, acumulando mais de 22 milhões de quilômetros adulterados

hodometro
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O Procurador-Geral de Indiana, Todd Rokita, entrou com uma ação judicial contra a KBB Auto Sales, alegando que a loja de carros usados adulterou os hodômetros de pelo menos 216 veículos, vendendo-os posteriormente a clientes sem que soubessem da fraude.

Segundo o processo, a adulteração totalizou mais de 14 milhões de milhas, o que equivale a cerca de 22.530.816 quilômetros.

Para ilustrar esse número impressionante, a média de redução em cada veículo seria de aproximadamente 104.310 km.

Comparando, a NASA aponta que a distância média da Terra à Lua é de 384.400 km, o que significa que a fraude equivale a 29 viagens de ida e volta à Lua.

De acordo com o processo, a KBB Auto Sales comprava veículos em leilões e, em seguida, reduzia significativamente a quilometragem dos carros antes de revendê-los. Isso era feito substituindo o painel de instrumentos ou utilizando ferramentas de adulteração de hodômetro.

A Procuradoria-Geral alega que os proprietários e funcionários da concessionária violaram diversas leis, como o Ato de Vendas Enganosas ao Consumidor de Indiana, o Ato de Hodômetros de Indiana, o Ato Federal de Hodômetros e o Ato de Práticas Comerciais Injustas de Veículos Automotores.

Diante disso, estão buscando medidas como restituição aos consumidores, indenizações triplicadas, multas civis, além de outras penalidades.

Em termos de compensação, o estado busca o pagamento de três vezes o valor dos danos reais ou US$ 10.000, o que for maior, para cada comprador afetado.

Além disso, o estado pede uma multa de US$ 1.500 para cada violação do Ato de Hodômetros de Indiana e US$ 5.000 para cada violação das leis de vendas enganosas e práticas abusivas.

O caso parece sólido, já que o estado apresentou uma tabela detalhada com os 216 veículos envolvidos, incluindo as quilometragens antes e depois da adulteração e as datas de venda.

Embora o resultado ainda dependa do tribunal, o Procurador-Geral Rokita destacou que essas táticas enganosas prejudicam os consumidores, que acabam comprando veículos com quilometragens muito maiores do que acreditavam, resultando em carros com mais desgaste do que o esperado.

Além disso, veículos com baixa quilometragem geralmente têm preços mais elevados, o que pode ter sido o objetivo da concessionária, para ter um lucro bem maior em cada carro.

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 18 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.