Imagine ter cerca de R$ 300 mil para gastar com um esportivo da Chevrolet.
Você iria direto em um Corvette Stingray novo, saindo da loja com cheirinho de zero, ou apostaria em um Camaro ZL1 2017 com apenas 721 km rodados, praticamente intocado desde que saiu da fábrica?
Para muita gente, o Corvette parece uma escolha lógica. Mas recentemente, um entusiasta decidiu apostar alto em um Camaro ZL1 quase intocado, oferecendo US$ 58 mil pela raridade — e teve a proposta recusada pela loja.
O carro em questão é um ZL1 preto, 2017, que parece ter saído da concessionária ontem. Segundo o anúncio no site Cars & Bids, ele tem histórico limpo no Carfax, sem acidentes ou alterações de quilometragem.
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Com apenas 448 milhas no hodômetro, é provavelmente um dos ZL1s com menor uso de toda a América do Norte.
Sob o capô, está o conhecido e brutal V8 6.2 litros supercharged, capaz de despejar 650 cv e 88,5 kgfm de torque, acoplado a um câmbio automático de 10 marchas.
Embora este exemplar não conte com o pacote 1LE — que adiciona mais agressividade visual e dinâmica —, muitos compradores preferem justamente a estética menos chamativa dessa configuração.
Quando novo, o modelo partia de cerca de US$ 63 mil, e podia passar dos US$ 69 mil com opcionais. Ou seja, mesmo após 8 anos, o carro praticamente manteve seu valor original — algo raro no mundo dos muscle cars.
Mas isso não impediu que o vendedor ignorasse a oferta de US$ 58 mil, apostando que a valorização futura pode ser ainda maior.
Por outro lado, há quem questione essa visão otimista. Embora a quilometragem seja tentadora, o segmento mudou. O Ford Mustang Shelby GT500, lançado pouco depois, veio com 760 cv, superando o ZL1 em números e desempenho.
Sem falar nos rumores de que o ZL1 poderá retornar em formato SUV elétrico com três motores, prometendo desempenho de hipercarro.
Para colecionadores e apaixonados, a condição quase virgem do carro pode justificar o preço. Mas o mercado nem sempre é movido só por emoção.
Afinal, oito anos sem uso também podem levantar dúvidas sobre ressecamento de borrachas, fluídos vencidos e outros cuidados mecânicos.
Enquanto isso, o Camaro segue parado, esperando o comprador certo — ou o momento certo — para justificar uma aposta que, hoje, parece mais emocional do que racional.
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