
Na pacata cidade de Summit, em Nova Jersey, um crime digno de roteiro de cinema surpreendeu até os mais experientes.
Um ex-funcionário da Smythe Volvo Cars está sendo acusado de ter roubado três veículos de luxo diretamente do pátio da concessionária onde trabalhava.
O caso lembra, e muito, a trama de “60 Segundos”, clássico de ação em que carros tidos como impossíveis de roubar acabam nas mãos de um grupo muito bem preparado.
Segundo a polícia local, Henrri Bonilla, morador de Newark, teria se aproveitado do acesso privilegiado aos sistemas internos da loja e aos controles remotos dos veículos para furtar.

Então, levou com tranquilidade e sem forçar uma fechadura sequer, dois Volvo EX90 novíssimos e um Mercedes-Benz GLE 2021. Os crimes ocorreram entre abril e maio deste ano e o valor estimado das perdas passa de 200 mil dólares.
A investigação aponta que Bonilla utilizou as chaves presenciais disponíveis na concessionária para destravar e dar partida nos carros, sem chamar a atenção.
Nada de arrombar vitrines ou fazer barulho: os veículos simplesmente sumiam. Um EX90 desapareceu em 15 de abril, outro foi levado em 7 de maio e, fechando a sequência, o Mercedes sumiu no dia 26 do mesmo mês.
Tudo isso sem pressa, com a calma de quem “voava casualmente”, como diria Han Solo.

Mas o plano, apesar de engenhoso, tinha um problema evidente. Em uma loja de carros de luxo, não demora para alguém notar a ausência de um modelo avaliado em centenas de milhares de reais.
E quando três veículos somem em menos de dois meses, fica difícil ignorar. A polícia, claro, voltou sua atenção aos funcionários com acesso direto às chaves e rapidamente chegou a Bonilla.
O ex-funcionário foi formalmente acusado de três crimes de furto de veículo, um de conspiração e outro por receptação de bem roubado.
Apesar das acusações, foi liberado sob reconhecimento de firma enquanto aguarda a data do julgamento. Como era de se esperar, não faz mais parte do quadro da Smythe Volvo Cars.

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