Dacia com motor V6? Sim! E ainda com dois turbos… Pode isso, Arnaldo? A regra é clara, se ela pertence à Renault, pode sim. Bom, nesse campo, a marca romena surpreende não só por ter o primeiro motor de seis cilindros, mas também aonde ele será usado.

Chamado Dacia Sandrider, o protótipo do Rali Dakar 2025 porta um propulsor que, nem nos sonhos mais lindos, um Logan poderia sonhar em ter, aliás, até a própria marca do leste europeu, sempre bem dedicada ao baixo custo.

O Sandrider também não é feito na Romênia, mas no Reino Unido pela Prodrive, que adicionou um V6 3.0 com dois turbocompressores, que entrega 360 cavalos e 36,5 kgfm.

Não se sabe a origem do V6, visto que a Renault não usa mais esse tipo de motor, porém, a Nissan tem ainda uma gama interessante de seis canecos, podendo ser a fonte dessa energia do Sandrider, que tem mais a oferecer que números.

O motor desse Dacia feito para atravessar desertos é abastecido somente com combustível sintético, fornecido pela petroleira saudita Aramco, buscando assim uma proposta ecológica para a competição e um recado para os consumidores.

Em nota, a Dacia comenta: “É uma solução simples e acessível para reduzir o seu impacto ambiental. Os combustíveis sintéticos desenvolvidos pela Aramco combinam hidrogênio renovável com CO₂ sequestrado, proporcionando um combustível com baixo teor de carbono que é compatível com os motores atuais”.

O recado é direto para quem espera ainda por uma eletrificação plena da Dacia nos próximos anos, o que não irá acontecer, já que a marca busca usar combustíveis, mesmo que sintéticos, até os 45 do segundo tempo.

Assim, o Dacia Sandrider representa mais que um simples protótipo para o Dakar 2025, onde será guiado por um time de estrelas de rali, como Sebastien Loeb e Cristina Gutierrez Herrero, por exemplo.

Tubular e 4×4, o Dacia Sandrider é inspirado no conceito Dacia Manifesto e competirá na próxima edição do rali internacional na categoria Ultimate T1+.