
Hoje, a China tem dezenas de marcas de carros elétricos, mas essa história deve (e precisa) acabar em 2030, já que as projeções apontam para uma redução drástica no número de fabricantes de veículos, muito em parte devido à guerra de preços atualmente.
Segundo a consultoria AlixPartners, somente 15 das 129 marcas atuais, que atuam na venda de veículos elétricos e híbridos plug-in na China, serão financeiramente viáveis até 2030. Trata-se de um número bem reduzido, mostrando que a consolidação dos mais fortes se fará por lá.
Todavia, isso não parece preocupar em nada, especialmente aos fabricantes ocidentais e japoneses, mas o número de vendas de cada uma dessas chinesas, cujos nomes não foram citados pela AlixPartners, preocupa e muito.
O relatório diz que cada um dos 15 fabricantes de elétricos e híbridos plug-in terá um volume de vendas anual médio de 1,02 milhão de unidades. Isso nos dá pouco mais de 15 milhões de carros eletrificados, sendo um volume considerável.
Stephen Dyer, chefe da prática automotiva da AlixPartners na Ásia, disse à Reuters: “A China é um dos mercados de NEV (veículos de nova energia) mais competitivos do mundo, com intensas guerras de preços, inovação rápida e novos participantes constantemente elevando os padrões”.
Dyer explicou: “Esse ambiente impulsionou avanços notáveis em tecnologia e eficiência de custos, mas também deixou muitas empresas lutando para alcançar lucratividade sustentável.”
Isso significa que, na prática, menos é mais na China, com o mercado local intensificando suas ações internas e também externas em prol dos fabricantes tecnologicamente mais avançados, relegando assim os mais fracos e incapazes à estrada da desilusão, com falência como destino.
Pequim já acenou que prefere ver isso ocorrer e, em passado recente, até tentou aglutinar todas as marcas nos principais fabricantes locais, mas a medida deu errado. Agora, o próprio mercado chinês é quem está ditando quem vive e quem morre por lá.
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