A Volkswagen está correndo contra o relógio, já que suas finanças entraram no vermelho e a crise se instaurou em Wolfsburg. Para reduzir custos e buscar economizar € 10 bilhões, a montadora alemã já anunciou o fechamento de fábricas e fim da estabilidade trabalhista.
Durante uma reunião com trabalhadores, Arno Antlitz, diretor financeiro da Volkswagen, explicou que a situação da montadora é grave e a empresa tem entre um e dois anos para resolver a questão.
Os sindicatos, em especial o IG Metall, já avisaram que pretendem colaborar para a Volkswagen sair da crise, já que a montadora pretende retirar a estabilidade de 100.000 funcionários na Alemanha e fechar duas fábricas, sendo uma de motores.
As entidades que reúnem os trabalhadores e a própria montadora estão em entendimento sobre a gravidade da crise e alguns interlocutores, afirmam que a VW enfrentou situações bem perigosas nos anos de 1993 e 1994, assim como em 2006.
Com a ambição de converter-se no maior fabricante mundial de carros elétricos, a VW injetou dezenas de bilhões de euros num projeto logo após pagar US$ 25 bilhões de indenização só nos states referente ao Dieselgate.
Até pouco tempo atrás, com € 90 bilhões apenas em carros elétricos e mais o valor citado referente aos EUA, a Volkswagen parecia um poço sem fundo de dinheiro, onde os orçamentos não pareciam ter limites.
Todavia, a conta chegou com a desaceleração das vendas de carros elétricos e o aumento dos custos relativos ao gás russo, no decorrer da Guerra da Ucrânia. Dessa forma, a montadora entrou numa espiral negativa com as contas aumentando.
Agora, a receita será de um remédio amargo, já que o fechamento de fábricas na Europa não tem registro na história da Volkswagen e isso cria um enorme impacto dentro da empresa e no mercado europeu. Pelo menos meio milhão de carros deixarão de ser feitos anualmente.
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