
Após anos de promessas e redesenhos, o aguardado Aston Martin Valhalla está finalmente próximo de se tornar realidade.
A marca britânica confirmou que o supercarro de motor central está agora na fase final de testes de validação, com início da produção previsto ainda para este trimestre.
E apesar de seu longo tempo de desenvolvimento, o Valhalla chega prometendo incomodar pesos-pesados como Ferrari F80 e McLaren W1 — custando bem menos que ambos.
O Valhalla começou a ser mostrado como conceito ainda em 2019 e, desde então, passou por uma série de reformulações para acompanhar o avanço tecnológico de rivais híbridos como Lamborghini Revuelto e Ferrari SF90.

Agora, em testes liderados pelo tricampeão de Le Mans Darren Turner, os protótipos estão sendo avaliados tanto em vias públicas quanto no exigente campo de provas IDIADA, na Espanha.
Três unidades pré-produção já foram apresentadas: uma em verde Podium com detalhes em verde-limão, outra em verde Jade com elementos dourados, e uma terceira em tom ainda não revelado.
Esses carros estão ajudando a calibrar componentes como direção, aerodinâmica ativa e sistema de frenagem.

Tecnologia de ponta e performance híbrida
O Valhalla representa uma série de estreias para a Aston Martin. É o primeiro modelo com motor central produzido em série, o primeiro híbrido plug-in da marca e o primeiro com autonomia elétrica real.
Seu conjunto mecânico é liderado por um novo V8 4.0 biturbo com virabrequim plano — o motor de oito cilindros mais potente já desenvolvido pela fabricante.
A ele se somam três motores elétricos, totalizando 1.065 cavalos de potência.

A transmissão é uma nova caixa de dupla embreagem de oito marchas com diferencial eletrônico integrado e tração integral, graças aos dois motores elétricos no eixo dianteiro que também fornecem vetorização de torque.
Segundo o CEO Adrian Hallmark, o Valhalla ocupa uma posição intermediária entre um supercarro tradicional e um hipercarro.
E em números, isso faz sentido. O modelo entrega mais potência que o Revuelto e o SF90, embora fique atrás dos 1.258 cv do McLaren W1 e dos 1.184 cv do Ferrari F80.
Preço competitivo e promessa de valorização
Com valor estimado em £850.000 (cerca de US$ 1,1 milhão), o Valhalla pode parecer caro à primeira vista.

Mas ao comparar com os rivais diretos, ele se revela um verdadeiro “barganha” no universo dos supercarros. O McLaren W1, por exemplo, parte de US$ 2,1 milhões, enquanto o Ferrari F80 beira os US$ 4 milhões. Ambos já estão esgotados.
Hallmark destacou que, se a Aston Martin soubesse anos atrás que os concorrentes chegariam com preços tão altos, provavelmente teria posicionado o Valhalla em outra faixa.
Ainda assim, ele acredita que isso será positivo para o valor residual do carro nos próximos anos.
A produção será limitada a 999 unidades, e a Aston Martin afirma que aproximadamente dois terços delas já estão reservadas.
O tempo está correndo, mas após tantos atrasos e incertezas, o Valhalla finalmente parece pronto para justificar toda a espera — e talvez, roubar a cena entre os híbridos de altíssimo desempenho.

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