
A Tesla parece ter esquecido da Cybertruck e isso mostra como a prometida picape exótica, que seria um sucesso retumbante, acabou virando um dos maiores micos da história automotiva, embora ainda esteja em produção e nas ruas.
Segundo o Wall Street Journal, na última reunião de acionistas do segundo trimestre de 2025, a Tesla recebeu mais de 100 perguntas sobre a Cybertruck e nenhuma delas foi respondida pela empresa, que viu o lucro despencar no período.
É mais ou menos como um consumidor aborrecido que manda sua demanda pelo e-mail e não é correspondido. Nesse caso, os interessados são exatamente aqueles que são donos de partes das ações da Tesla.
Na reunião, nem parecia que a Cybertruck de fato existia, já que a Tesla simplesmente a ignorou como algo sem qualquer importância, embora seja o carro mais emblemático da marca desde o Model 3.
Com simulações altamente fora da realidade em meios eletrônicos que apontavam para uma fila de espera de 2 milhões de almas, a Cybertruck passou de um Fusca altamente desejada para apenas um blindado militar de baixa exportação.
Tendo produção estimada em 125.000 unidades por ano, a Cybertruck até que não está ruim na história, dado seu preço e sua proposta singular, mas polêmicas de todo tipo envolvendo o carro e o CEO da empresa arruinaram suas vendas expressivas.
Demandando recursos de engenharia e muito dinheiro para sua elaboração, a Cybertruck agora parece mais um F-22 Raptor em vendas.
Foi muito esforço para quase nada e a Tesla agora sabe exatamente isso, mas não quer deixar as coisas ganharem mais destaque na imprensa, simplesmente tratando o produto como se fosse uma Kombi brasileira, ou seja, não precisava de divulgação ou atenção.
Mas, diferente da Kombi, que vendia relativamente bem até 2013, a Cybertruck nasceu para vender muito e teve toda a atenção do globo e da Tesla, pelo menos até antes da última reunião de resultados…

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