Carlos Tavares já tem data para sair da Stellantis, mas antes quer deixar a casa arrumada para seu sucessor, que pode ser o italiano Luca de Meo, hoje no comando da francesa Renault.
Com 14 marcas por inteiro e mais a Leapmotor com 20% de participação, a Stellantis tem uma coleção de bandeiras com resultados bem distintos entre elas, o que agora levará a um “pente fino” em intervalos de dois ou três anos.
Tavares disse em Paris: “Revisaremos o desempenho de cada marca [da Stellantis] em cerca de dois terços do caminho através do plano Dare Forward 2030, então você pode esperar decisões em dois a três anos”.
Tendo verificado problemas nos EUA, onde agora assumiu Antonio Filosa, que havia comandado a região da América do Sul, a Stellantis precisa resolver a questão da viabilidade de marcas, o que foi colocado em xeque até pelo herdeiro da Chrysler.
Colocar Filosa no comando da América do Norte foi a saída para tentar reverter o quadro, mas o tempo para o grupo está acabando, uma vez que o plano original era de 10 anos para a fusão se tornar rentável, sendo que os cinco primeiros anos seriam financiados.
O executivo português afirmou: “Até agora cumprimos nossos compromissos, já lançamos a plataforma STLA Medium que estreou com o Peugeot 3008 e, quando necessário, remarcamos alguns lançamentos de produtos devido a mudanças nas condições, mas não cancelamos nenhum”.
Vendo ainda a pressão do governo italiano que fez a Stellantis até mudar nome de produto, Tavares pode ver ainda algumas marcas inativas serem nacionalizadas por Roma.
O governo de Giorgia Meloni busca entregá-las a montadoras chinesas em troca de investimentos em produção no país, o que é uma clara ameaça aos interesses locais da Stellantis, que tem na Itália uma de suas maiores bases, sendo origem da Fiat.
Maserati, Lancia, Chrysler, Dodge e DS são algumas das marcas que preocupam o mercado. Quem sairá?
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