Os veículos elétricos da Mercedes-Benz estão sob os holofotes após um novo incidente envolvendo uma explosão. Pela segunda vez em apenas dois meses, um modelo da linha EQ explodiu, desta vez em Spratton, Northants, no Reino Unido, conforme relatado pelo New York Post.
O incêndio resultante danificou a garagem da casa e causou estragos por fumaça no quarto da frente. No caso anterior, em agosto, um Mercedes EQE Sedan explodiu em uma garagem na Coreia, levando 23 pessoas ao hospital.
Felizmente, o incidente mais recente, que envolveu um EQA, com preço equivalente a uns 65.000 dólares, causou apenas danos materiais.
A família Bayliss relatou que estava assistindo TV por volta das 21h15 do dia 30 de setembro quando ouviu um som semelhante a fogos de artifício, seguido por um estrondo mais forte, descrito como “uma explosão de bomba”.
A gravação do incidente, compartilhada com a imprensa, mostra a intensidade do fogo, que rapidamente se espalhou e tornou inútil o uso de mangueiras de jardim, até a chegada dos bombeiros.
Scott Bayliss comentou que as imagens capturadas indicam a presença de vapor na traseira do carro antes da explosão.
O investigador inicial observou que o estado do veículo dificultava a determinação da causa, mas Scott acredita que foi um caso de “fuga térmica” — quando a bateria superaquece e entra em combustão descontrolada. O carro, que já tinha rodado 28 mil milhas, estava desligado e estacionado havia cerca de 10 horas antes de pegar fogo.
A resposta da Mercedes-Benz à situação gerou críticas.
Embora a empresa tenha oferecido um carro de empréstimo, Scott Bayliss mencionou sentir que o impacto do ocorrido não foi devidamente reconhecido. Ele lamentou a falta de envolvimento direto de executivos seniores, comentando: “Esperaria que estivessem mais engajados”.
A Mercedes-Benz UK emitiu um comunicado dizendo que ficou consternada com o incidente e que iniciou uma investigação em conjunto com a seguradora do veículo. A empresa destacou que não poderia fornecer mais detalhes até a conclusão da análise.
No caso da explosão anterior, ocorrida na Coreia, os veículos usavam baterias da empresa chinesa Farasis Energy, enquanto concorrentes locais afirmaram utilizar apenas baterias da CATL ou Samsung SDI.
O EQA envolvido no episódio do Reino Unido, entretanto, utiliza baterias diferentes e não é comercializado nos Estados Unidos, o que sugere que os clientes americanos não precisam se preocupar com riscos semelhantes.
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