
A General Motors decidiu abandonar a política de retenção obrigatória para donos de Corvette Z06 e E-Ray, uma regra criada para conter a prática de revenda rápida por lucros especulativos.
Imposta em 2023, a regra determinava que os compradores deveriam manter o carro por ao menos seis meses, sob pena de perder a garantia de fábrica e o direito a futuras encomendas de modelos de alta demanda.
A medida visava desestimular os chamados flippers — compradores que revendiam unidades por valores muito acima do preço de tabela, aproveitando a escassez e a alta procura.
No entanto, a Chevrolet anunciou silenciosamente que essa política está suspensa para os modelos Z06 e E-Ray a partir dos anos-modelo 2025 e 2026.
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A confirmação veio por meio de um boletim interno enviado às concessionárias e divulgado no fórum especializado MidEngineCorvetteForum.
A mudança vale de forma imediata, e retira qualquer impedimento de revenda precoce para esses dois modelos específicos da linha Corvette.
Apesar disso, a GM reforçou que a regra original continua válida para unidades entregues até o dia 5 de novembro de 2025 — embora haja suspeita de erro de digitação nesse prazo, já que o comunicado mencionava 2026.
A decisão não se estende aos modelos mais extremos da linha.

Tanto o Corvette ZR1 quanto o futuro ZR1X, previstos para os anos-modelo 2025 e 2026, continuarão com uma exigência mais rígida: retenção obrigatória de 12 meses.
Nesse caso, o proprietário que vender o veículo antes de completar um ano ficará impedido de encomendar outros modelos de alto interesse da marca, além de perder a cobertura da garantia geral.
A única exceção será a garantia da bateria híbrida no ZR1X, que será mantida independentemente do tempo de posse do primeiro dono.
A GM não justificou publicamente a decisão de flexibilizar a regra para o Z06 e o E-Ray, mas o movimento parece refletir uma queda na pressão sobre esses modelos, cujo valor de revenda vem se estabilizando.
Enquanto isso, o ZR1 e o ZR1X devem seguir como os modelos mais cobiçados e inflacionados da gama, com revendas já antecipando ágio significativo sobre o valor sugerido.
Com isso, a GM tenta equilibrar a proteção da exclusividade dos seus superesportivos mais desejados com a demanda real do mercado — e aliviar a insatisfação de revendedores e compradores diante de regras restritivas.
A mudança também pode sinalizar que a montadora está mais preocupada em manter o ritmo das vendas do que em policiar a especulação, pelo menos nos modelos que já passaram pelo auge da histeria.
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