O Grande Prêmio de Miami de Fórmula 1, que aconteceu no último final de semana, foi recheado de momentos marcantes, mas um deles roubou os holofotes mesmo antes das luzes se apagarem.
E não foi a corrida Sprint histórica com o jovem Kimi Antonelli largando da pole. O verdadeiro destaque foi a tradicional Parada dos Pilotos — desta vez, reinventada com muito bom humor e blocos de montar.
Em vez do tradicional caminhão de plataforma onde os 20 pilotos costumam circular pelo autódromo acenando para os fãs, a organização da F1 decidiu inovar: cada um dos pilotos deu uma volta no circuito a bordo de uma réplica elétrica e em tamanho real de seus carros, feita inteiramente de LEGO.
Pode parecer apenas mais uma jogada de marketing — e de fato é, afinal os kits “Lego Speed Champions” estão à venda por a partir de US$ 26,99 — mas foi também uma das ações promocionais mais criativas e bem executadas da história recente do esporte.
As réplicas, apesar de brincalhonas no visual, foram verdadeiras obras de engenharia.
Com estrutura metálica, pneus Pirelli reais e um total de 4 milhões de peças LEGO, os carros levaram cerca de 22 mil horas para serem projetados e montados.
Cada um pesava aproximadamente 1.500 kg, quase o dobro de um F1 de verdade.
Além de divertirem o público, os pilotos também entraram no clima. Alguns, como Max Verstappen, tentaram manter a seriedade.
Mesmo andando a passo de tartaruga, o tricampeão se recusou a cortar caminho por uma chicane, como fizeram vários colegas, e preferiu seguir a linha de corrida ideal.
No fim da brincadeira, ele garantiu: “Foi divertido, mas o mais importante agora é limpar a pista — não quero ver nenhuma peça de LEGO em uma zebra”.
Outros, como Pierre Gasly, optaram por um comportamento mais… competitivo. O francês da Alpine fez questão de “tocar roda” com quem se aproximasse demais, transformando o desfile em uma pequena batalha de vaidade e diversão.
Já Lewis Hamilton não conseguiu conter o riso quando viu o carro da Mercedes atolado fora da pista — talvez um reflexo inconsciente de frustrações recentes da escuderia?
Além de mostrar um lado mais descontraído dos pilotos, a parada também revelou detalhes curiosos das suas personalidades e interações, o tipo de coisa que raramente se vê nos protocolos rígidos da F1 real.
Em um ambiente onde a tensão, a tecnologia e os milhões de dólares normalmente reinam, ver os maiores nomes do automobilismo mundial gargalhando dentro de carros de brinquedo foi um respiro bem-vindo de leveza e humanidade.
No fim das contas, o desfile de LEGO virou o momento mais memorável do fim de semana para muitos fãs — uma prova de que, às vezes, basta um pouco de criatividade (e alguns milhões de blocos coloridos) para conquistar o coração do público.
E, claro, vender alguns kits pelo caminho.
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