Desinteresse crescente do mercado: Preço das polêmicas Tesla Cybertrucks continua a cair nos Estados Unidos

cybertruck dourada
cybertruck dourada

Nem mesmo o marketing bombástico, o design futurista ou o hype inicial conseguiram salvar o Tesla Cybertruck de um destino que, para muitos críticos, já estava escrito: o de virar piada sobre rodas.

Com o passar dos meses, a picape elétrica de Elon Musk vem não só colecionando problemas, mas também perdendo valor de mercado em ritmo acelerado. Os números dos leilões de usados nos EUA mostram que a febre esfriou — e rápido.

Na plataforma Cars & Bids, conhecida por atrair compradores com perfil mais entusiasta e com dinheiro de sobra, os primeiros Cybertrucks da edição Foundation Series chegaram a ultrapassar os 110 mil dólares em meados de 2024.

Em junho e julho, ainda se via lances na casa dos 90 mil. Mas o cenário começou a mudar. Em fevereiro deste ano, um exemplar semelhante chegou ao teto de 73 mil — e não foi vendido.

cybertruck preta (1)
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O último Cybertruck negociado na plataforma, também uma unidade Foundation, foi arrematado por 72 mil dólares , quase o mesmo preço de um modelo novo com incentivos fiscais incluídos.

E o quadro se repete no Bring a Trailer, outro site popular de leilões de veículos de nicho. Um gráfico recente da própria plataforma mostra o declínio constante nos lances ao longo do último ano.

A última tentativa de venda de um Cybertruck Foundation Series ali bateu em 74.500 dólares e fracassou ao não atingir o valor mínimo exigido. Um Cyberbeast, versão de alto desempenho do modelo, recentemente não passou de 81 mil — valor que poucos meses atrás seria considerado uma barganha impensável.

De símbolo de status a meme ambulante

O Cybertruck chegou cercado de promessas: ser o veículo que reinventaria o conceito de picape, misturando força, autonomia elétrica e estilo disruptivo.

cybertruck banhada a ouro 24k (2)
cybertruck banhada a ouro 24k (2)

Mas o que se viu até agora é uma série de falhas construtivas, críticas de desempenho duvidoso no uso real, e um design polarizador que virou motivo de chacota nas redes sociais.

Para piorar, o próprio Elon Musk, cada vez mais envolvido com posições políticas controversas, acabou contribuindo para que o nome Tesla se tornasse tóxico para muitos consumidores.

Com a demanda por novos Cybertrucks já demonstrando sinais de saturação, o mercado de usados virou termômetro da realidade: há mais vendedores do que compradores, e a percepção de valor despenca junto com a paciência dos entusiastas.

Ainda que as unidades da Foundation Series tenham vindo com certo prestígio — afinal, eram as primeiras a sair da linha de produção —, hoje elas não conseguem mais justificar os preços inflados.

cybertruck banhada a ouro 24k (3)
cybertruck banhada a ouro 24k (3)

A previsão é de que o valor de revenda continue caindo nos próximos meses, deixando muitos dos primeiros compradores afundados financeiramente, presos a um ativo que se desvaloriza mais rápido do que a reputação online de Musk.

Conclusão?

O Cybertruck pode até ter arrancado suspiros em suas aparições públicas iniciais e gerado manchetes mundo afora, mas o tempo está mostrando que estilo polêmico e promessas exageradas não sustentam valor por muito tempo — especialmente quando o produto falha em ser, no mínimo, um bom veículo.

O resultado? Uma queda de valor digna de estudo de caso, e um futuro onde, para muitos ex-proprietários, a única alternativa será rir (ou chorar) ao ver um desses estacionado com uma plaquinha de “vende-se” — e sem ninguém disposto a pagar.

[Fonte: Jalopnik]


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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 20 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.