Se por um lado, muitas pessoas não viram nada de especial no último lançamento da Tesla, com seus Cybercab, Robovan e os robôs Optimus, alguns poucos ficaram irados com as atitudes de Elon Musk.
Dentre esses podemos citar o diretor do filme “Eu, Robô”, sim, aquele mesmo, com o ator Will Smith, que agora em 2024 já está completando 20 anos do lançamento.
Começando pelo nome do evento da Tesla, “We, Robot”, que foi claramente inspirado no filme, se não uma cópia quase perfeita do título do mesmo.
Enquanto a internet ainda debate o quanto da demonstração dos robôs Optimus foi realmente ao vivo ou controlada remotamente, e discute os prazos para o lançamento dos novos produtos, surgiram dúvidas sobre a originalidade dos três itens revelados.
O diretor do filme, Alex Proyas, acusou Elon Musk de copiar seus designs, indo até a rede social X, de propriedade do bilionário, para expressar sua frustração: “Ei Elon, posso ter meus designs de volta, por favor?”
Hey Elon, Can I have my designs back please? #ElonMusk #Elon_Musk pic.twitter.com/WPgxHevr6E
— Alex Proyas (@alex_proyas) October 13, 2024
Embora seja verdade que os robôs humanoides tendem a compartilhar algumas semelhanças visuais, tanto na ficção quanto na realidade, o foco principal das acusações está nos veículos exibidos pela Tesla, que apresentam uma similaridade notável com os mostrados no filme.
O Robovan, por exemplo, se assemelha aos veículos de entrega autônomos vistos em Eu, Robô, enquanto o Cybercab guarda uma estranha semelhança com o carro autônomo do protagonista.
Curiosamente, as comparações não são novidade. Já foi apontada a semelhança entre o Cybercab e o VW XL1 da Volkswagen, e o carro do herói de Eu, Robô também era um modelo da Volkswagen: o Audi RSQ.
O conceito do RSQ foi criado para prever como seriam os carros em 2035, apresentando esferas no lugar das rodas e portas “borboleta”, características que encontram eco no design do Cybercab.
No entanto, as semelhanças ficam mais restritas ao design exterior, já que o Audi RSQ era movido por um motor V10 a gasolina, enquanto o Tesla é 100% elétrico.
Além de Proyas, outro envolvido no filme também demonstrou indignação. Matt Granger, que trabalhou como assistente de Proyas em Eu, Robô, publicou uma mensagem, posteriormente deletada, onde expressou sua frustração: “Eu também gostaria de mandar um ‘f***-se’ de corpo inteiro para Elon e sua total falta de criatividade.”
Com essas críticas em mente, o debate sobre a originalidade dos produtos da Tesla se intensifica.
Se por um lado, a inovação tecnológica da empresa é inegável, por outro, as comparações com criações de ficção científica levantam questionamentos sobre até que ponto a linha entre inspiração e cópia está sendo cruzada.
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