
Faltando semanas para o início de 2026, a Dodge já abriu pedidos para o Charger Daytona 2027 — e com uma surpresa nada agradável para o bolso.
O novo modelo chega custando US$ 72.495, o que equivale a cerca de R$ 378 mil em conversão direta, um aumento superior a R$ 65 mil em relação ao valor cobrado pelo modelo 2026.
Para efeito de comparação, o Charger Daytona Coupé do ano anterior partia de US$ 59.995, e a versão sedã adicionava mais US$ 2 mil.
Agora, a diferença entre as carrocerias caiu para US$ 500, mas o salto de preço total ainda é brutal.
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O mais curioso é que a decisão vem num momento em que a Dodge enfrenta dificuldades para vender as unidades de 2025.

Concessionárias dos Estados Unidos estão oferecendo o Charger Daytona do ano passado por menos de US$ 40.000, o que representa um desconto de mais de 45% frente ao novo modelo.
Mesmo assim, a montadora decidiu elevar o valor sem trazer grandes novidades anunciadas — uma jogada que soa como um tiro no pé diante da baixa demanda.
Uma das poucas adições confirmadas no Charger Daytona 2027 é a inclusão da porta NACS (North American Charging Standard), o que permite uso direto da rede de Superchargers da Tesla.
A Dodge também promete um adaptador J1772 para facilitar o carregamento em tomadas convencionais.
No restante, tudo indica que o conjunto mecânico permanece o mesmo.

O Charger elétrico traz dois motores elétricos com tração integral e potência combinada de 630 cv (639 cv no padrão europeu), além de um torque de 86,8 kgfm.
Há ainda o modo “PowerShot”, que libera por 10 segundos um pico de 670 cv (679 PS), reforçando o status de “muscle car mais potente do mundo”, segundo a marca.
A autonomia, no entanto, não impressiona: são até 430 km com uma carga, número modesto considerando o uso esportivo e o peso do modelo.
Isso significa que o dono precisará de recargas frequentes, ainda mais se quiser explorar o desempenho total do conjunto.
Até agora, a Dodge não revelou mais atualizações para o modelo 2027, e evitou divulgar detalhes sobre mudanças visuais, recursos tecnológicos ou melhorias na autonomia.
A falta de transparência sobre o que justificaria o aumento drástico de preço reforça a percepção de que a marca aposta mais na nostalgia e no apelo do nome Charger do que na competitividade do produto.
Com a linha de 2025 empacada nos estoques e pouca procura por um muscle car elétrico a esse preço, a estratégia da Dodge levanta dúvidas sobre a real viabilidade da nova geração do Charger no mercado atual.
Mais detalhes devem surgir ao longo de 2026, mas, por enquanto, o futuro do Charger Daytona EV parece acelerando rumo a um destino incerto.
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