Alguns supercarros são como aviões de combate. Apesar de não serem usados militarmente, eles possuem custos tão elevados quanto de um caça, com valores de manutenção dignos de uma força aérea…

O Mercedes-AMG One, pode-se dizer, é uma espécie de “Eurofighter” dos supercarros nesse sentido, com custos de manutenção que podem falir um rico, especialmente se ele tiver problemas com o carro.

Por conta disso, os supercarros e hipercarros praticamente nunca entram em combate em pistas, ruas ou estradas. Isso acontece porque os proprietários, mais interessados no potencial de valorização do que na performance em si, veem esses carros como investimentos.

Como conta o pessoal do Auto Forum, eles adquirem tais veículos para manter a mínima quilometragem possível e, após alguns anos, os vendem com um lucro significativo, sem se preocupar em usá-los para longas viagens.

Mas não é só para evitar a depreciação pelo uso. Cada quilômetro rodado acarreta uma perda de valor e, além disso, os custos de manutenção e reposição de peças são absurdamente altos.

O Mercedes-AMG One exemplifica bem essa realidade, como contou Michael Spegel, conhecido na internet como Gercollector.

Com 275 unidades feitas, o AMG One tem um preço inicial que gira em torno de € 2,75 milhões, o que equivale a aproximadamente R$ 13,70 milhões.

Já a manutenção é digna de um caça, exigindo um “PMG” (plano de manutenção geral) anual de uma semana inteira, durante a qual uma equipe especializada troca somente todos os filtros e lubrificantes.

São nada menos que 80 horas de trabalho cobradas a cerca de R$ 1.900 por hora, chegando a um custo de mão de obra de aproximadamente R$ 150 mil.

Além disso, se somarmos o valor das peças necessárias, a manutenção chega a custar por volta de R$ 209 mil, independentemente do uso do automóvel. Isso tudo sem danos presentes no AMG One, caso contrário…

Se forem danos nas rodas especiais de magnésio, o conjunto novo custa cerca de R$ 426 mil. Isso numa simples conversão direta, pois imagine o custo disso aqui no Brasil…

Embora existam versões em alumínio por aproximadamente R$ 45 mil cada, os clientes buscam as mais caras. Pequenas ou grandes colisões terão praticamente o mesmo efeito devastador nas contas do “piloto”.

Um capô novo custa em torno de R$ 184 mil, enquanto a parte inferior fica em torno de R$ 240 mil, com o difusor traseiro por cerca de R$ 264 mil e, se for necessário substituir o motor, o prejuízo pode chegar a R$ 4 milhões! Afinal, é um motor de carro de Fórmula 1…

A Mercedes estima que o sistema de transmissão dure cerca de 50 mil km ou horas de voo, se preferir… Depois disso, o dono desse caça terá um PMG obrigatório bem mais complexo e extremamente caro, sendo tão elevado que nem a Mercedes divulgou o custo. É melhor nem perguntar…

Assim, quem tem um AMG One, literalmente não pode usufruir do mesmo sem ter problemas financeiros adiante. Só mesmo se o dono for um governo com orçamento para manter um avião de combate sobre rodas como esse…