
Histórias de donos de carros exagerando no quanto gastaram em modificações são comuns — e nem sempre críveis.
Mas no caso de Jay e sua RAM TRX com motor Hellcat, a história parece bem real — especialmente quando se trata da segurança absurda instalada em seu veículo.
Segundo ele, foram cerca de US$ 30 mil (mais de R$ 150 mil) apenas em sistemas antifurto, sem contar as barreiras físicas que mandou instalar no quintal de casa.
Jay é coapresentador do Truck Show Podcast, o que acabou ajudando a transformar seu projeto em piada recorrente no programa — e também em um laboratório de testes para diversas empresas do setor.
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Tudo começou com a instalação de um IGLA, um dispositivo antifurto que bloqueia sinais do barramento CAN do veículo, impedindo a partida do motor caso o PIN correto não seja inserido em uma combinação de botões do volante.
Jay não pôde nem ver onde o equipamento foi instalado, por política da empresa.
Uma semana depois, sua esposa percebeu sinais de invasão: vidro quebrado, capa do carro levantada, e uma janela traseira “arrancada” e jogada no jardim do vizinho.
Jay acredita que, sem o IGLA, teria perdido a caminhonete.

O método usado pelos ladrões é conhecido: com um pequeno martelo ou punção, basta pressionar a janela traseira do TRX — principalmente se ela tiver película — para que ela se solte inteira.
Esse tipo de furto é tão comum que, segundo Jay, a concessionária estimou 90 dias de espera para reposição do vidro traseiro, embora não tenha confirmado oficialmente o motivo.
Considerando que a RAM produziu apenas cerca de 15 mil TRXs por ano até sua edição final em 2024, o volume de roubos é significativo.
A tese de Jay é que os bandidos querem mesmo é o motor Hellcat — de longe, o item mais valioso do veículo.
Modelos como Dodge Charger e Durango Hellcat lideraram por anos o ranking de carros mais roubados nos EUA.
Depois da tentativa de furto, Jay dobrou a aposta e instalou um sistema Compustar com GPS, detecção de movimento e alarme sonoro.
Não satisfeito, colocou uma película antiestilhaço da 3M nos vidros.
O passo seguinte foi ainda mais radical: instalou sirenes policiais de 100 watts da Feniex Industries.
São as mesmas usadas por viaturas e só param quando são desativadas.
Ele também desativou o sistema que permite colocar a caminhonete em ponto morto para reboque — uma vulnerabilidade comum para quem quer puxar o veículo sem ligar o motor.
Além disso, Jay colocou sensores infravermelhos no quintal que alertam quando alguém entra na propriedade.
Mas o item mais curioso da sua “linha de defesa” são os bollards — postes retráteis de aço inoxidável enterrados a 1,37 m de profundidade, que impedem fisicamente que o carro seja levado.
Mesmo com apenas 18 cm de distância entre o para-choque e o bloqueio, eles são projetados para segurar veículos de 2,2 toneladas a até 40 km/h.
Cada unidade custa hoje cerca de US$ 1.400, com instalação de US$ 2.000 por poste.
Só esse sistema custaria mais de R$ 65 mil se fosse instalado hoje.
Jay garante que tudo valeu a pena: sua história viralizou no YouTube, com 69 milhões de visualizações no vídeo original e mais de 8,5 milhões no vídeo de atualização.
Talvez a fama ajude a compensar os gastos — mas, acima de tudo, ele ainda tem sua TRX intacta na garagem. E bem guardada.
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