
A Volvo está enfrentando uma nova dor de cabeça nos Estados Unidos.
Em março foi feito um recall global, que afetou cerca de 73 mil unidades de seus modelos híbridos plug-in devido ao risco de curto-circuito enquanto os veículos estão estacionados e completamente carregados.
Agora, a montadora responde a um processo judicial na Pensilvânia relacionado exatamente ao mesmo defeito — mas com alegações ainda mais amplas.
O processo, movido no Tribunal Distrital do Leste da Pensilvânia, é uma ação coletiva que acusa a Volvo de violar diversas leis estaduais e federais ligadas à fabricação, marketing, venda e atendimento técnico de seus modelos híbridos plug-in.

O autor, identificado como B. Saleh, afirma que a empresa sabia do defeito há algum tempo, mas não avisou os consumidores.
Segundo Saleh, proprietário de um Volvo XC60 2020, nenhuma informação sobre o risco foi fornecida no momento da compra.
Embora seja possível que o defeito ainda não fosse de conhecimento da Volvo naquela ocasião, o processo argumenta que o valor de revenda do veículo despencou desde a revelação do problema — independentemente da eficácia da solução apresentada no recall.
O defeito em questão está relacionado a um possível curto-circuito no conjunto de baterias de alta voltagem.

Diferente da maioria dos híbridos, onde as baterias ficam sob o assoalho do porta-malas, nos modelos da Volvo elas são instaladas ao longo do túnel da transmissão.
De acordo com a ação, esse projeto aumentaria o risco de “fuga térmica”, fenômeno em que as células da bateria entram em superaquecimento descontrolado.
Os advogados do autor alegam que tudo isso decorre de falhas de engenharia, projeto ou fabricação por parte da marca sueca.
A Volvo, por sua vez, anunciou que o recall envolve inspeção das baterias para identificar células defeituosas, atualização de software e, se necessário, substituição dos módulos.

Mas o processo aponta que esse conserto representa mais do que um transtorno técnico.
Saleh afirma que será obrigado a perder horas de seu tempo, além de ter que arcar com transporte até uma oficina especializada ou até mesmo com reboque — o que, segundo o processo, pode custar US$ 4,75 por milha.
O processo busca representar todos os compradores e locatários dos modelos afetados, que incluem o S90 (2020–2021), S60 (2020–2022), V60 (2020–2022), XC60 (2020–2022), XC90 (2020–2022) e o V90 (2022).
A ação solicita um julgamento com júri e busca indenizações financeiras para os consumidores.
Essa situação coloca a Volvo sob pressão não apenas técnica, mas também jurídica e de imagem.

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