
Donos de superesportivos geralmente se dividem em dois grupos bem distintos.
De um lado, estão aqueles que tratam o carro como se fosse uma obra-prima de Leonardo da Vinci, guardado em garagem climatizada e rodando poucos quilômetros por ano, com medo até de uma pedra no asfalto.
Do outro, estão os que enxergam o carro exatamente pelo que ele é: uma máquina feita para ser pilotada, acelerada sem piedade.
Um vídeo recente mostrando uma Ferrari 12Cilindri em ação no circuito de Monza é um belo exemplo de por que supercarros são muito mais divertidos quando “estão no escritório”.
Para quem não lembra, a 12Cilindri foi apresentada no ano passado como a mais nova integrante da linhagem de grandes tourers da Ferrari com motor dianteiro.
Como o nome já entrega, ela traz sob o capô um V12 naturalmente aspirado de 6.5 litros, derivado do bloco que equipava a 812 Superfast.
Porém, a engenharia foi além, com bielas de titânio, pistões de alumínio e outros refinamentos. O resultado são impressionantes 819 cv de potência e 69,3 kgfm de torque, suficientes para levar o modelo a 340 km/h de velocidade máxima.
O protagonista do vídeo, um entusiasta identificado apenas como Marcello, não poupou nenhum cavalo da manada italiana.
Após uma volta de aquecimento, ele literalmente voa pelo asfalto de Monza, conduzindo a 12Cilindri como se estivesse disputando a volta final das 24 Horas de Le Mans.
Com o controle de estabilidade desligado, não faltam momentos em que a traseira dá aquela escapada controlada, e Marcello não economiza no acelerador, esticando as marchas até os 9.500 rpm de limite.
Para completar, o nível de habilidade ao volante é de quem sabe o que está fazendo — e o detalhe curioso é que ele não está sozinho na pista.
Mais do que um espetáculo visual, o vídeo entrega uma lição simples: supercarros foram feitos para serem dirigidos de verdade.
Ver alguém extraindo o máximo de uma Ferrari de mais de R$ 5 milhões (isso lá no exterior) sem medo é um contraste direto com o receio que muitos de nós temos até para estacionar um carro popular em rua movimentada.
Claro que ninguém quer destruir um patrimônio desses, mas também não faz sentido tratá-lo como um bibelô de cristal.
No fim das contas, seja um Ferrari 12Cilindri ou um humilde Fusca, a mensagem é a mesma: se você tem um carro especial — seja especial para o mundo ou só para você —, a melhor forma de honrá-lo é simples: coloque-o para rodar.
Porque carro de verdade não foi feito para ficar parado.
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