Além das polêmicas sobre a tecnologia de direção semiautônoma e uma longa lista de recalls, muitos donos da Cybertruck relatam enfrentar insultos, gestos ofensivos e até atos de vandalismo simplesmente por dirigirem um carro da marca de Elon Musk.
E como se não bastasse, mais um incidente envolvendo o sistema Full Self-Driving (FSD) reacendeu o debate sobre a real segurança da tecnologia.
O caso mais recente veio à tona após um proprietário de um Cybertruck, identificado como JayPresto, compartilhar em um extenso relato nas redes sociais que seu veículo colidiu com o carro de um colega de trabalho.
Segundo ele, o acidente ocorreu enquanto mostrava a um amigo como o FSD era “incrível”.
No vídeo compartilhado, é possível ver o Cybertruck entrando em um estacionamento, mas errando o ângulo da curva para estacionar corretamente.
Em vez de entrar suavemente na vaga, o veículo bate na lateral de um sedã que estava parado e ainda raspa sua carroceria durante a manobra.
O impacto causou danos aparentes ao para-choque, parte frontal e moldura do para-lama do Cybertruck. Apesar disso, o proprietário afirmou que os danos eram “principalmente cosméticos” e foram rapidamente reparados.
Tentando entender melhor o ocorrido, JayPresto refez a manobra e observou que o caminhão repetia a entrada na vaga de forma estranha. Isso evidencia mais uma vez que o FSD ainda tem falhas importantes de navegação em ambientes simples, como estacionamentos.
Vale lembrar que, apesar do nome, o “Full Self-Driving” da Tesla não representa uma condução totalmente autônoma.
Tanto que, recentemente, a montadora passou a chamá-lo de “Full Self-Driving (Supervisionado)” e alerta claramente que o motorista deve estar sempre atento, com as mãos no volante, pronto para assumir o controle a qualquer momento. No site oficial da empresa, é explicitado que os recursos atuais “não tornam o carro autônomo”.
Muitos usuários criticaram o comportamento do dono por não intervir a tempo.
JayPresto, no entanto, explicou que não estava ao volante durante o acidente: “Estava mostrando o FSD para um amigo, dando a volta no quarteirão. Ele estava dirigindo… a culpa foi minha… eu sei”.
Veja o vídeo no X aqui (não conseguimos inserir o post, o site do X estava com problemas).
Mesmo com esse detalhe, a responsabilidade de supervisionar o uso do FSD ainda recai sobre o proprietário do veículo.
Apesar da frustração, JayPresto segue como entusiasta da marca. “Amo a Tesla e meu Cybertruck. Só estou compartilhando um problema super decepcionante que aconteceu. Existem bugs que PRECISAM ser corrigidos”, escreveu.
O caso serve como mais um lembrete de que confiar cegamente na condução automatizada pode sair caro — mesmo que o carro custe mais de 100 mil dólares.
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