
Enquanto a maioria das montadoras já embarcou na era das chaves digitais há anos, a GM só agora começa a testar a tecnologia com um grupo limitado de clientes de carros elétricos.
A gigante americana convidou alguns proprietários dos modelos Cadillac Optiq e Lyriq para participar de um programa beta que libera a tão esperada chave digital, recurso que permite travar, destravar e até dirigir o carro usando apenas o smartphone ou o smartwatch.
Parece novidade, mas a ideia está longe de ser recente: a Tesla estreou essa funcionalidade em 2017, com o Model 3.
Desde então, marcas como BMW, Hyundai, Mercedes-Benz, Ford, Kia, Volvo, Rivian e até fabricantes chinesas já tornaram o recurso comum até em modelos intermediários.
Veja também

Já a GM ficou para trás — e ainda impõe exigências para quem quiser usar.
Além de um modelo compatível (Cadillac 2025 ou mais novo), o usuário precisa ter um iPhone 11, Apple Watch Series 6 ou Google Pixel 6 Pro (ou modelos superiores) e ainda manter um plano ativo da OnStar, o serviço de conectividade da GM.
Para muitos, o custo do OnStar pesa mais que o próprio plano de celular — e isso ajuda a explicar a resistência de parte dos consumidores.
Não à toa, a GM tem sido criticada por transformar recursos básicos em serviços por assinatura.
A chave digital, por exemplo, só chega agora e ainda com acesso restrito, mesmo em modelos que já custam caro e ostentam a promessa de tecnologia embarcada.

Proprietários do Cadillac Lyriq 2025 receberam, até aqui, um cartão físico como alternativa à chave tradicional — algo que já parecia defasado em plena era dos apps.
Com a atualização via software, alguns agora poderão usar o celular como chave, mas apenas se entrarem no programa de testes.
Segundo a montadora, os participantes terão suporte personalizado e acesso a instruções específicas para seus modelos.
Em junho deste ano, a Apple já havia anunciado que marcas da GM — incluindo Chevrolet, GMC e Cadillac — passariam a oferecer a chave digital via Apple Wallet.
Mas, por enquanto, a implementação ainda está lenta e limitada.
Enquanto isso, consumidores questionam a demora e apontam a desigualdade no acesso a funcionalidades que deveriam estar presentes em todos os modelos mais recentes, sem exigir celulares de última geração ou assinaturas extras.
Para piorar, muitos relatam que nem mesmo os recursos mais avançados da GM, como o Super Cruise, recebem atualizações constantes em todos os modelos compatíveis.
Usuários do Bolt EUV, por exemplo, pagam o mesmo valor que donos de Cadillac, mas não recebem os mesmos mapas nem a mesma frequência de melhorias.
A promessa da GM é tornar a Cadillac líder em veículos elétricos de luxo nos EUA, mas a realidade é que a empresa ainda precisa correr atrás de marcas como Tesla, Lucid e Rivian — não apenas em motorização, mas principalmente em tecnologia e experiência digital.
A chegada da chave digital é um passo necessário, mas o atraso custa caro em imagem e competitividade. O consumidor de hoje não quer mais chave no bolso — quer tudo no celular, como já acontece há anos fora da GM.
📨 Receba um email com as principais Notícias Automotivas do diaReceber emails
📲 Receba as notícias do Notícias Automotivas em tempo real!Canal do WhatsAppCanal do Telegram
Siga nosso site no Google Notícias










