Proprietários do Land Rover Defender, fabricados entre 2020 e 2022, estão processando a Jaguar Land Rover nos Estados Unidos, alegando que os veículos foram comercializados com um defeito grave nos parabrisas, que tendem a se quebrar espontaneamente ou com impactos extremamente pequenos.
De acordo com a ação judicial, movida no Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito de Nova Jersey, o problema tem afetado diversos clientes, que já apresentaram inúmeras reclamações à Administração Nacional de Segurança no Trânsito nas Rodovias (NHTSA).
O defeito relatado pelos proprietários vai de encontro à imagem de robustez e durabilidade com a qual o Defender é promovido, já que o veículo deveria ser capaz de suportar ambientes adversos e condições off-road severas.
Um dos três reclamantes, Stephen Seiber, conta que adquiriu um Defender 2020 em setembro daquele ano.
Em março de 2022, o para-brisa do veículo foi atingido por uma pequena pedra e, quase instantaneamente, apareceu uma rachadura. Essa rachadura se espalhou rapidamente, comprometendo toda a estrutura do para-brisa.
Seiber, então, contatou a concessionária Land Rover em Boise para providenciar a substituição, mas foi informado de que não havia parabrisas de reposição disponíveis naquele momento. A substituição só foi realizada após mais de um mês de espera.
No entanto, a situação de Seiber não terminou aí. Em julho de 2023, o novo para-brisa que havia sido instalado também sofreu um dano semelhante, quebrando novamente e precisando ser substituído a um custo de mais de US$ 2.100.
Para piorar, em março de 2024, o terceiro para-brisa instalado também rachou, forçando Seiber a arcar com uma nova substituição que custou US$ 2.471.
Outro dos autores da ação, Chris Robinson, relata uma situação ainda mais dramática.
Em quatro anos de uso, ele precisou substituir o para-brisa de seu Defender nada menos que cinco vezes. A frequência e facilidade com que os para-brisas se quebram é, segundo ele, incompatível com o que se espera de um veículo projetado para enfrentar desafios off-road, como escalar montanhas e atravessar rios.
Em vez disso, o veículo parece ter dificuldades em sobreviver até mesmo ao uso comum do dia a dia.
A ação judicial alega que o problema pode estar relacionado à qualidade dos materiais utilizados nos parabrisas ou a uma falha estrutural no próprio design do Defender, o que tornaria o vidro extremamente vulnerável a impactos.
Segundo os documentos apresentados no processo, a Jaguar Land Rover estaria ciente desse defeito, mas se recusa a realizar as reparações ou substituições necessárias dentro da garantia dos veículos.
O processo também destaca que o defeito nos parabrisas representa um risco significativo para a segurança de motoristas, passageiros e até pedestres.
Um para-brisa que se estilhaça espontaneamente ou racha com facilidade pode bloquear a visão do motorista, desviar sua atenção durante a condução e, em casos mais graves, resultar em fragmentos de vidro que podem causar ferimentos.
Os proprietários dos Land Rover Defender afetados estão buscando compensação financeira pelos danos causados por esse defeito, além de exigir o pagamento de honorários advocatícios e custos processuais.
Eles também solicitam que o caso seja levado a um julgamento com júri, na esperança de que a Jaguar Land Rover seja responsabilizada por falhas no design e na qualidade dos veículos comercializados.
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