É por isso que está levando tanto tempo para as montadoras trocarem telas por botões

tesla model y l china 7
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Nos últimos meses, várias marcas anunciaram com estardalhaço que estavam voltando atrás em uma decisão polêmica: eliminar botões físicos em favor de interfaces totalmente digitais.

Volkswagen, Hyundai e até Mercedes já admitiram que clientes não suportam depender apenas de telas para ajustar funções básicas. Mas se o recado dos consumidores é claro há tanto tempo, por que a mudança está levando anos para acontecer?

A primeira razão é dinheiro. Substituir uma fileira de botões por uma tela pareceu, durante muito tempo, uma solução mais barata e prática.

Displays ficaram cada vez mais acessíveis, enquanto projetar e produzir peças físicas exige engenharia, testes e processos fabris mais complexos.

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O modelo da Tesla, inspirado no minimalismo da Apple, reforçou essa tendência, levando a indústria a cortar custos e vender a ideia de que telas eram “modernas”.

bmw 760i desvalorizacao (4)
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Outro ponto é o ciclo de desenvolvimento. Ao contrário de um celular, que pode ser atualizado a cada ano, um carro leva de cinco a oito anos para sair do papel até a concessionária.

Isso significa que, mesmo quando pesquisas começaram a mostrar que motoristas preferiam controles físicos — como um simples botão de volume —, os projetos já estavam fechados.

Só agora, anos depois, é que as mudanças começam a aparecer em modelos novos ou em reestilizações.

Além disso, existe a questão da complexidade dos sistemas atuais. Os carros de hoje oferecem dezenas de funções adicionais em relação a uma década atrás.

novo mercedes glc 2026 vermelho (10)
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É impossível criar um botão para cada ajuste, o que torna inevitável a presença de telas e menus. O desafio é encontrar o equilíbrio: botões e dials para funções essenciais, telas para configurações mais ocasionais.

O resultado é que os consumidores passaram muito tempo sem opções. Quando todas as marcas seguiram a onda das telas, o desconforto ficou em segundo plano.

Só recentemente, com a pressão crescente dos usuários e a concorrência interna — como o retorno do botão físico em alguns modelos da VW —, as montadoras perceberam que precisavam agir.

Portanto, a demora não é falta de percepção, mas sim fruto de custos, processos longos e uma indústria lenta para corrigir rota.

A boa notícia é que a mudança parece definitiva: designers e engenheiros já trabalham para devolver aos motoristas a praticidade perdida, mesmo que isso só fique claro de forma ampla na próxima geração de veículos, por volta de 2030.

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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 20 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.


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