Se você acha que já viu de tudo no mundo das scooters elétricas, prepare-se: a britânica Bo acaba de apresentar um verdadeiro foguete sobre duas rodas.
Batizada de Bo Turbo, essa nova criação foge completamente da proposta de transporte urbano e discreto. Estamos falando de uma scooter com mais de 160 km/h de velocidade máxima, 24.000 watts de potência e aceleração comparável à de um Tesla.
A proposta da Bo é ousada e flerta com o absurdo. Desenvolvida por engenheiros com passagem pela equipe Williams de Fórmula 1 e pelo projeto Bloodhound de velocidade terrestre, a Turbo foi pensada para quebrar barreiras — inclusive as da razão.
Baseada no mesmo chassi do modelo Model-M, voltado ao uso diário, a Turbo é praticamente uma versão mutante, com estrutura de alumínio aeroespacial e peças usinadas em CNC.
Durante os testes em pista realizados no autódromo de Goodwood, no Reino Unido, a Bo Turbo já ultrapassou os 137 km/h. Mas o objetivo da empresa é ir além dos 160 km/h com certificação oficial do Guinness World Records.
Para isso, o protótipo recebeu entradas de ar com tecnologia de refrigeração derivada da F1, controle de tração avançado e uma bateria de 1.800 Wh. A relação peso-potência, segundo a fabricante, supera a de um Bugatti Veyron.
O mais curioso é que a Bo planeja vender o modelo ao público. A produção será limitada e feita sob encomenda, com preço inicial de US$ 29.500.
A primeira unidade já tem destino certo: será entregue a um colecionador em Madri durante o fim de semana da Fórmula 1 em 2026.
Apesar dos números impressionantes, a Bo insiste que a Turbo é “surpreendentemente pilotável”.
O piloto profissional Tre Whyte, com experiência em BMX de alta performance, participou de mais de 20 sessões de testes com o protótipo, que se mostrou estável mesmo em velocidades extremas.
Para o CEO da Bo, Oscar Morgan, a intenção é clara: elevar o status dos veículos elétricos de micromobilidade ao patamar da alta performance. “A Turbo é parte da nossa missão de transformar scooters elétricas em objetos de desejo automotivo, e não apenas ferramentas urbanas”, declarou.
Mesmo que seu uso diário seja praticamente inviável (ou suicida), a Bo Turbo mostra que há espaço para inovação e ousadia no segmento. Se o resultado disso for mais segurança, estabilidade e atenção ao design nos modelos urbanos, o exagero pode ter valido a pena.
Mas, sejamos sinceros: com esse preço e desempenho, o público-alvo da Bo Turbo está mais para bilionário excêntrico do que para entregador de aplicativo.
E talvez esse seja o charme.
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