Os custos de produção de carros na China é quase imbatível e talvez o máximo que se possa fazer no Ocidente é produzir automóveis na Dacia, ainda que muito disso venha do Magreb. Todavia, Elon Musk aceitou o desafio.
Enquanto a indústria automotiva americana tenta impedir a qualquer custo a entrada dos chineses, a Tesla aposta tudo em seu carro de US$ 25 mil, porém, não será um veículo feito de modo tradicional.
Lars Moravy, vice-presidente de engenharia de veículos da Tesla, disse: “Se quisermos escalar da maneira que queremos, temos que repensar a fabricação novamente”. Isso seria como reinventar a roda que move o setor automotivo há mais de um século.
Moravy não detalhou aos investidores como seria essa forma repensada de produção, mas Elon Musk já enfatizou que não seria comum. Ele disse anteriormente que o novo “sistema de produção revolucionário”.
Musk o chamou de “muito mais avançado do que qualquer sistema de produção de automóvel no mundo, por uma margem significativa”. Obviamente que, assim como Moravy, Elon não detalhou a coisa.
Com muito mistério, a Tesla também não convence ninguém, pois Musk já perdeu muitos prazos e analistas não acreditam que cumprirá mais este. Recentemente, a Bloomberg Intelligence, divulgou que o sistema de Tesla é modular e isso cortaria os custos em no máximo 33% e não 50%.
Ainda assim, existem aqueles que acreditam na Tesla e um deles é Mathew Vachaparampil, CEO da Caresoft, focada em engenharia e benchmarking automotivo. A equipe de engenheiros da empresa gastou nada menos que 200.000 horas para recriar digitalmente a plataforma unboxed da Tesla.
Diante do que constatou após extenso trabalho, Vachaparampil diz ser possível tecnicamente que a Tesla crie uma linha de produção com metade do custo. O executivo afirmou que faz “enorme sentido financeiro”.
Temos que considerar ainda que Musk já afirmou a acionistas que poderia vender carros sem lucro algum, ganhando dinheiro com os pacotes de tecnologias que seriam necessários para o usuário ter a experiência desejada a bordo de um Tesla.
O método unboxed, segundo a Caresoft, permite a construção separada de várias partes do carro sem uma linha de montagem e o principal disso é o fim da linha de pintura. Numa fábrica, ela é quem mais consome água e energia e sem esse fardo, o custo geral cai pela metade.
Então, o desafio é construir as partes do carro já na cor definida, o que ainda não se sabe como será feito, exceto se o novo carro da Tesla não usar aço e sim polímeros ou materiais plásticos especiais já na tonalidade final.
Outro ponto da linha de produção da Tesla é a Giga Press, construída pela italiana Hydra. Nesse caso, são 4 partes do carro unidas numa única prensa com soldas já prontas. Agora, resta aguardar para ver se realmente ele consegue tal façanha.
[Fonte: Autoblog]
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