A Nissan está em sua maior crise desde 1999, quando teve parte das ações compradas pela Renault, capitaneada na época por Carlos Ghosn, que ajudou a salvar a montadora japonesa da bancarrota.
Com queda vertiginosa nas vendas nos mercados da China e EUA, a Nissan mergulhou em prejuízos e agora busca resgatar a si própria por meio da venda de ações para capitalizar a empresa.
Segundo o jornal Financial Times, a Nissan não descarta ter a Honda, segunda maior montadora do Japão, como acionista. A ideia é que a concorrente compre parte das ações da Nissan nas mãos da Renault.
A montadora francesa teria sinalizado que a Honda ajudaria o esforço da Nissan e também contribuiria com a aliança, que permanecerá, já que uma parte da fatia da Nissan continuará com a Renault.
Na Nissan, um alto funcionário da empresa teria revelado o seguinte: “Temos 12 ou 14 meses para sobreviver”. Esse seria o período de recuperação da montadora para evitar uma possível falência.
Para a Nissan, o parceiro ideal seria um banco ou corretora de seguros, mas se não houver opção, a Honda entrará no negócio para ajudar a salvar a conterrânea da morte certa.
Diferente de 1999, a Renault já não pode mais salvar sozinha as finanças da parceira de aliança, que sofre com a pressão de marcas chinesas, bem como com as incertezas geradas por Donald Trump antes de sua posse no governo dos EUA.
A fonte revelou: “Isso vai ser difícil. E, no final, precisamos que o Japão e os EUA gerem dinheiro”. Sem conseguir emplacar carros elétricos e híbridos em volume considerável, a Nissan ficou de lado no processo e isso fez com que seu rendimento caísse a um nível perigoso.
Tanto Honda quanto Nissan ou mesmo a Renault se recusaram a comentar oficialmente sobre a venda de ações.
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