Empresa Uber é processada por inscrever clientes, sem seu conhecimento, no pacote Uber One, que cobra por descontos

uber one
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A Uber voltou ao centro de uma nova polêmica nos Estados Unidos, desta vez sendo alvo de um processo movido pela Comissão Federal de Comércio (FTC).

A acusação: a empresa teria inscrito consumidores no serviço Uber One sem consentimento claro, além de fazer promessas enganosas sobre os benefícios do programa e dificultar sua eventual cancelamento.

O Uber One custa US$ 9,99 por mês e oferece aos assinantes vantagens como descontos em corridas e entregas realizadas pelos aplicativos da empresa.

No entanto, segundo a FTC, a empresa enganou os usuários ao afirmar que eles economizariam cerca de US$ 25 por mês com o serviço — uma estimativa considerada falsa ou exagerada — e ainda tornou o processo de cancelamento propositalmente confuso e complicado.

“Os americanos estão cansados de serem inscritos em assinaturas que não pediram e que parecem impossíveis de cancelar depois”, afirmou Andrew Ferguson, presidente da FTC, em comunicado oficial.

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“Estamos lutando contra essas práticas em nome da população.” Ele também destacou que essa ação judicial faz parte de um esforço mais amplo da nova gestão do órgão — apelidada de “Trump-Vance FTC” — para proteger os consumidores de abusos corporativos em plataformas digitais.

A Uber nega veementemente as acusações. O porta-voz da empresa, Noah Edwardsen, declarou que os processos de adesão e cancelamento do Uber One são transparentes, simples e seguem “à risca a legislação vigente”.

Ele ainda lamentou que a FTC tenha optado por mover a ação judicial, mas disse confiar que a Justiça dará razão à empresa.

Essa não é a primeira vez que a Uber entra em rota de colisão com a FTC. Em 2017, a companhia fechou um acordo com o órgão após ser acusada de fazer afirmações enganosas sobre privacidade e segurança de dados.

No ano seguinte, pagou US$ 20 milhões para encerrar outra investigação, que alegava que a empresa havia superestimado os ganhos potenciais de motoristas em campanhas de recrutamento.

Além disso, em 2022, a Uber evitou acusações criminais ao admitir que seus funcionários não informaram à FTC sobre um vazamento de dados ocorrido em 2016, que comprometeu informações pessoais de 57 milhões de usuários e motoristas.

O novo processo reacende questionamentos sobre a forma como grandes empresas de tecnologia gerenciam suas assinaturas, transparência com os consumidores e o respeito a regras básicas de proteção ao usuário.

A FTC, por sua vez, dá sinais claros de que pretende aumentar a vigilância sobre práticas comerciais consideradas abusivas no setor digital.


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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 20 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.