
A Maserati, símbolo de luxo italiano e exclusividade automobilística, está enfrentando um dos momentos mais delicados da sua trajetória recente.
Nos primeiros nove meses de 2025, a marca vendeu apenas 5.996 carros nos Estados Unidos — um número extremamente modesto, especialmente para um mercado premium.
Diante do fraco desempenho comercial, a fabricante decidiu agir com agressividade e iniciou uma verdadeira liquidação de seus modelos elétricos.
As versões Folgore do GranTurismo e do GranCabrio agora contam com impressionantes US$ 50 mil de desconto (cerca de R$ 270 mil) em compras ou leasing.
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Com isso, o GranTurismo Folgore, que normalmente custa a partir de US$ 200.295, pode ser adquirido por um valor muito mais “terreno” dentro do universo premium.
O mesmo ocorre com o GranCabrio Folgore, cujo preço original é de US$ 209.195.
Ambos os modelos têm em comum a motorização elétrica composta por três motores, tração integral, 751 cavalos de potência e absurdos 135 kgfm de torque.

Na teoria, tudo que se esperaria de um superesportivo moderno.
Na prática, os consumidores parecem ainda preferir a brutalidade sonora e emocional dos V6 biturbo que equipam as versões a combustão — que, vale ressaltar, não estão com desconto algum.
A lista de promoções da Maserati também inclui o SUV elétrico Grecale Folgore, que agora tem US$ 25 mil de incentivo.

No caso do leasing, é possível combinar o desconto com taxa de financiamento de 5,49% ao ano em até 72 meses — uma oferta considerada agressiva para o segmento.
O modelo traz um conjunto de dois motores elétricos com 550 cv e 82 kgfm de torque, além de uma bateria de 105 kWh.
A aceleração de 0 a 100 km/h leva 4,1 segundos, mas a velocidade máxima é limitada a 220 km/h, o que pode soar modesto para quem espera o desempenho visceral de um Maserati.

Até o Grecale Modena, versão a combustão, aparece com um modesto desconto de US$ 3.000 — um valor que chega a parecer simbólico diante da liquidação do Folgore elétrico.
Por mais que a Maserati tente posicionar seus EVs como legítimos herdeiros da linhagem esportiva da marca, os números indicam que o público ainda não foi convencido.
Mesmo com cifras impressionantes no papel, os Folgore parecem não entregar o mesmo apelo emocional que os entusiastas associam ao Tridente.

Mais do que um problema de vendas, a situação escancara um dilema de identidade: como uma marca profundamente associada ao som de motores a combustão, performance emocional e exclusividade visceral se adapta a uma era de silêncio elétrico e eficiência racional?
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