Entenda como os limpadores automáticos de para-brisa sabem exatamente quando começar a funcionar

limpador parabrisa
limpador parabrisa

Os carros modernos estão repletos de sensores, assistentes de direção e uma série de dispositivos que parecem fazer de tudo para afastar o motorista da experiência real de dirigir.

Quanto mais dinheiro se gasta, menos é preciso estar presente ao volante, com sistemas que regulam automaticamente o farol alto, ajustam a velocidade de cruzeiro e até mantêm o veículo dentro da faixa.

Pode parecer um exagero, mas essa é a realidade dos modelos mais recentes.

No entanto, nem toda essa tecnologia é desnecessária. Um dos avanços realmente úteis são os limpadores de para-brisa com sensor de chuva. Basta ativar o modo automático e deixar que o carro decida quando ligá-los e em qual velocidade.

Em um mundo onde dirigir exige atenção total, essa funcionalidade evita que o motorista tenha que ficar ajustando a alavanca do limpador a cada mudança na intensidade da chuva.

limpador para brisa
limpador para brisa

A tecnologia por trás dos sensores de chuva

Os limpadores automáticos existem, de alguma forma, desde os anos 1960. A tecnologia surgiu a partir de experimentos na aviação e até apareceu no conceito GM LeSabre de 1951.

Na década de 1960, engenheiros da Ford criaram um sistema baseado em sensores condutivos no para-brisa para detectar a presença de água. No Japão, a Denso patenteou um sistema semelhante em 1968.

Foi a Citroën, no entanto, que lançou o primeiro carro de produção em massa com essa tecnologia: o Citroën SM, em 1970.

O sistema da marca francesa monitorava o consumo elétrico do motor dos limpadores. Se o motor estivesse puxando muita corrente elétrica, isso indicava que o para-brisa estava seco e os limpadores ficariam parados por um tempo.

Quando começava a chover, a resistência diminuía e os limpadores voltavam a funcionar.

Outras marcas tentaram aperfeiçoar a ideia, com destaque para a Nissan, que desenvolveu sua própria tecnologia nos anos 1980. Mas o sistema realmente moderno que conhecemos hoje só surgiu nos anos 1990.

esguicho limpador parabrisa
esguicho limpador parabrisa

Como funciona o sensor de chuva moderno

A General Motors introduziu o “Rainsense” em 1996 nos Cadillac STS, Eldorado e DeVille. A tecnologia era simples e eficiente: um pequeno módulo atrás do retrovisor projetava feixes de luz infravermelha no para-brisa e media a refração dessa luz.

Se o vidro estivesse seco, toda a luz refletia de volta para o sensor e nada acontecia.

Mas quando começava a chover, parte da luz era desviada pelas gotas d’água e o sensor detectava a mudança. Com base nisso, um pequeno computador calculava a quantidade de água acumulada e ativava os limpadores na velocidade ideal.

O Rainsense foi se espalhando pelos modelos da GM, chegando a marcas como Buick e Chevrolet. Hoje, praticamente todas as montadoras oferecem sensores de chuva baseados nessa mesma tecnologia, garantindo mais praticidade para os motoristas.

Pode parecer um detalhe, mas entre tantas inovações duvidosas, os limpadores automáticos se destacam como um recurso realmente útil.

Afinal, qualquer motorista sabe o quão incômodo é ficar ajustando manualmente os limpadores em um dia de chuva imprevisível.

[Fonte: Jalopnik ]



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Autor: Eber do Carmo

Fundador do Notícias Automotivas, com atuação por três décadas no segmento automotivo, tem 20 anos de experiência como jornalista automotivo no Notícias Automotivas, desde que criou o site em 2005. Anteriormente trabalhou em empresas automotivas, nos segmentos de personalização e áudio.