A Cadillac fará sua estreia na Fórmula 1 em 2026, mas essa entrada não sairá barata.
A montadora americana, que faz parte do grupo General Motors, terá que pagar uma taxa única de 450 milhões de dólares como “pagamento de anti-diluição”, valor que será dividido igualmente entre as dez equipes já existentes.
Essa taxa serve para compensar a redução na fatia de receita que cada equipe recebe da transmissão televisiva e dos prêmios da categoria, já que, a partir de 2026, esse valor será dividido entre 11 times em vez de 10.
O chamado Acordo da Concórdia, que regula os aspectos comerciais da Fórmula 1, sempre exigiu um pagamento de anti-diluição para qualquer equipe que ingressasse na categoria.
No acordo vigente até 2025, essa taxa era de 200 milhões de dólares, mas uma nova versão foi assinada antes do Grande Prêmio da Austrália de 2025, elevando o valor para 450 milhões de dólares.
Durante as negociações, algumas equipes chegaram a sugerir um aumento para 600 milhões de dólares, mas acabaram concordando com o valor final.
A última equipe a entrar na Fórmula 1 foi a Aston Martin em 2021, mas ela não precisou pagar essa taxa porque comprou uma equipe já existente, em vez de expandir o grid.
A mesma situação acontece com a Audi, que entrará na F1 ao assumir parte da Sauber, o que a isenta do pagamento.
O dinheiro das equipes na Fórmula 1 vem principalmente de patrocínios e da divisão da receita da categoria.
A Fórmula 1 distribui cerca de 61% do seu orçamento operacional entre as equipes, o que representou aproximadamente 1,3 bilhão de dólares em 2024.
O valor que cada time recebe é baseado na pontuação obtida ao longo da temporada.
A McLaren, campeã do mundial de construtores do ano passado, recebeu um pagamento de 132,9 milhões de dólares, enquanto a Sauber, que terminou em último, levou 57,9 milhões de dólares.
Além disso, há bônus extras para equipes que já foram campeãs, como Ferrari, McLaren, Mercedes, Red Bull e Williams.
A Ferrari, por exemplo, recebe um bônus de 63,3 milhões de dólares apenas por ser uma equipe “histórica”, o que faz com que sua receita anual ultrapasse os 250 milhões de dólares, mesmo sem um desempenho brilhante nas pistas.
O pagamento da Cadillac não fará tanta diferença para gigantes como Ferrari e Red Bull, mas para times menores, como Williams ou Sauber, os 45 milhões de dólares extras podem representar um impulso significativo para investimentos e desenvolvimento da equipe.
Antes da assinatura do novo Acordo da Concórdia, a Fórmula 1 divulgou um comunicado dizendo que “a categoria nunca esteve em uma posição tão forte, e todos os envolvidos têm visto benefícios positivos e um crescimento significativo”.
A entrada da Cadillac pode ser um reflexo desse momento de expansão e fortalecimento da F1.
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