
Um Bentley luxuoso por 25.000 dólares? Parece uma chance imperdível de entrar no mundo dos carros de luxo.
Mas a história do Bentley Azure 1996, que recentemente não atingiu o valor de reserva em um leilão da Cars & Bids, é um lembrete cruel de que o preço de entrada é apenas o começo do pesadelo.
Com 70 mil km rodados e aparência ainda bastante imponente, o Azure atraiu atenção pelo valor que mal compra um Corolla novo.

Só que quem se animou com o preço, certamente ficou pálido ao ver os registros de manutenção: esse carro já custou mais de 50.000 dólares em serviços nos últimos 10 anos.
Foram 18 visitas à oficina especializada F Imports & Exotics, com destaque para um reparo em 2019 que, sozinho, saiu por mais de R$ 65 mil, incluindo conserto de freios, radiador, ar-condicionado e turbo.
E como se isso não fosse suficiente, o modelo ainda apresenta falhas eletrônicas, ferrugem, manchas na capota, desgaste no interior e um sensor do virabrequim que simplesmente se recusa a colaborar.

O motor V8 6.75 turbo, com 385 cv, ainda garante um desempenho digno, com aceleração de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos.
Mas manter esse britânico aristocrático exige mais que paixão por carros — exige paciência, conta bancária generosa e um bom relacionamento com oficinas especializadas.
A estética continua atraente: pintura verde escura com interior bege, rodas cromadas de 17 polegadas e madeira nobre no painel. Mas o conjunto já carrega as marcas do tempo — e dos boletos.

O Azure é o exemplo perfeito de como a desvalorização atinge brutalmente carros de luxo.
Em 1996, o modelo custava cerca de US$ 300 mil.
Hoje, o mesmo carro pode ser arrematado por um quinto disso — mas com uma conta de manutenção que pode te levar à falência.
Quem compra um Bentley desse tipo pensando que está fazendo um bom negócio, geralmente esquece que o custo de mantê-lo é o que realmente define quem pode ou não dirigir um carro desses.

É a diferença entre parecer rico e ser rico de fato.
Ou como dizem por aí: quem compra Bentley usado por preço de Camry pode acabar vivendo como o dono de um Celta… só que bem endividado.

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