A BMW acaba de abrir um novo capítulo no design automotivo com a apresentação oficial do iX3 2027 durante o Salão de Munique (IAA Mobility), na Alemanha.
Mas o que chama a atenção não é apenas o SUV elétrico em si — é o visual inédito e ousado que servirá como base para toda a linha da marca nos próximos anos. E sim, isso vale tanto para os modelos elétricos quanto para os tradicionais a combustão.
O iX3 estreia um conceito de design completamente diferente, que abandona elementos clássicos como os apliques cromados e aposta em iluminação estilizada no lugar da grade tradicional.
Nos SUVs, essas luzes aparecem em posição vertical, remetendo ao histórico BMW 2002. Já nos sedãs, a inspiração vem do modelo 507, com iluminação horizontal em substituição às grades duplas que marcaram gerações da marca bávara.
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Peter Mueller, vice-presidente de gerenciamento de produto da plataforma Neue Klasse, foi categórico ao afirmar que “o iX3 representa o novo rosto da BMW”.
A promessa é que esse estilo será replicado em futuros lançamentos e até em modelos existentes que passarão por reestilizações, conhecidas internamente como Life Cycle Impulse (LCI).
A nova linguagem visual estreia de forma completa na plataforma Neue Klasse, que servirá de base para a próxima geração de elétricos da marca, como o futuro i3 (substituto do Série 3 a combustão).
Modelos como o Série 5 e o X5, incluindo a versão elétrica iX5, também devem receber esse novo visual nas próximas atualizações. Por outro lado, o luxuoso Série 7 não acompanhará essa mudança radical.
A BMW pretende fazer apenas um facelift discreto no sedã topo de linha, focado principalmente no interior, o que soa como uma oportunidade desperdiçada de modernizar um dos carros mais criticados da marca em termos de estilo.
Se por fora a mudança é polêmica, por dentro a tecnologia impressiona. O novo iX3 inaugura o sistema Panoramic Vision, que projeta informações ao longo de todo o para-brisa, criando um head-up display gigante, integrado ao painel e ao volante multifuncional.
Essa solução também será adotada em modelos a combustão e deve chegar ao Série 3, Série 5 e X5 nos próximos anos. O Série 7, apesar de não ganhar a nova frente, receberá esse painel digital como destaque na cabine.
Vale lembrar que a BMW já enfrentou fortes críticas quando introduziu grades frontais gigantescas no Série 4 e Série 7.
Apesar da polêmica, as vendas foram sólidas, o que mostra que o consumidor pode até torcer o nariz no começo, mas acaba se acostumando — ou ignorando o visual em nome da performance e da experiência premium que a marca ainda entrega.
Agora, com a proposta de eliminar a grade física em favor de luzes, a montadora desafia novamente as convenções e tenta liderar uma nova fase no design automotivo.
Se o público vai aceitar essa estética futurista em massa, só o tempo dirá. Mas uma coisa é certa: você vai ver muito esse novo rosto da BMW nas ruas em breve — goste dele ou não.
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