O desperdício é um mal e, quando considerado na economia, converte-se quase em uma tragédia financeira. Como sabemos, o Brasil é um país onde os custos são bem elevados e boa parte disso se deve ao péssimo estado das rodovias.
A Confederação Nacional do Transporte (CNT), em sua 27ª pesquisa sobre a situação do setor no país, apontou para um enorme adicional de custo sobre o que o país movimenta sobre pneus.
Só em consumo extra por conta do estado precário das rodovias do país, gerou um custo adicional de R$ 6,81 bilhões ao setor, segundo estimativas da CNT.
Trata-se de um enorme prejuízo para a economia nacional, evidentemente repassado aos clientes ou assumido em parte pelos transportadores. Afinal, quem é que vai pagar pelo mau estado das estradas nacionais? Sim, nós, os consumidores.
Ainda que na última Fenatran, as montadoras de caminhões e também fabricantes de implementos tenham apostado em combustíveis alternativos, bem como eletrificação plena em alguns casos, nada disso adianta se as rodovias continuarem péssimas.
Sobre o montante, a CNT pondera que os quase R$ 7 bilhões poderiam ser investidos em manutenção das rodovias, aprimoramento das vias com ênfase na eficiência energética e, logicamente, em descarbonização.
Muitos clientes importantes são agora obrigados a ter uma pegada de carbono menor devido à natureza de seus produtos ou imagem institucional. Por isso, o transporte precisa agora ter baixa emissão, mas com rodovias ruins, o ciclo não fecha.
A CNT sugere exatamente esse tipo de transporte mais limpo e iniciativas de reflorestamento, fontes de energia renováveis e combustíveis mais ecológicos.
Foram analisados 111.853 km de estradas nacionais, mas o estado ruim delas gerou um consumo extra de óleo diesel, gerando mais 3,13 milhões de toneladas de gases nocivos à saúde, lançadas na atmosfera do país.
Fora o consumo excessivo, estradas ruins aumentam os custos de manutenção, provocam danos nos veículos e até mesmo perda parcial ou total da carga.
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