Com 137 marcas de carros de propriedade nacional ou em sociedade com estrangeiras, a China pode ver sua enorme diversidade de bandeiras e produtos simplesmente se resumir a apenas 19 players em 2030.
Segundo um estudo da consultoria AlixPartners, uma em cada sete marcas chinesas sobreviverá com lucro em 2030, enquanto a maioria irá sucumbir aos longos dos anos em uma estrada de prejuízo, que as levará à falência.
Ou seja, 118 marcas desaparecerão num grande expurgo financeiro que acontecerá no gigante asiático, com uma enorme quantidade de falências como nunca se viu no setor automotivo mundial em tão pouco tempo.
A atual guerra de preços existente no mercado chinês levará a maioria das marcas para o equivalente chinês do Capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA.
Como se sabe, várias marcas chinesas sumiram do mapa nos últimos 10 anos e algumas delas operaram no Brasil, como a Lifan, por exemplo.
Mesmo entre as marcas mais recentes, como startups de carros elétricos, falências não foram raras e a última registrada foi da marca WM. Assim, grandes grupos chineses serão os vitoriosos nessa situação onde os mais fortes sobreviverão.
Para competir com marcas grandes, as pequenas precisam baixar preços e reduzir suas margens de lucro, porém, elas não conseguem manter os valores baixos como os grandes players, que possuem robustez financeira para sustentar a guerra.
Então, fabricantes menores começarão a falir por falta de condições econômicas e as grandes montadoras ampliarão seu ataque com mais produtos para ocupar o espaço que as menores deixarão ao longo do processo.
Há poucos anos, o governo chinês apoiava a fusão de grandes montadoras que absorviam os concorrentes mais fracos, mas com a guera de preços, Pequim não precisa interferir na evolução natural das espécies, com os mais fortes devorando os mais fracos.
Então, em 2030, veremos, segundo o estudo, grandes montadoras como BYD, Geely, SAIC, FAW, GAC, GWM, DongFeng, Changan, entre outras. O estudo não fala de eletrônicas como Huawei, Xiaomi ou Foxconn, mas é seguro acreditar que estarão no grupo, devido a sua robustez financeira e tecnologia.
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