Estudo aponta que 85% das montadoras chinesas vão à falência até 2030

china porto
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Com 137 marcas de carros de propriedade nacional ou em sociedade com estrangeiras, a China pode ver sua enorme diversidade de bandeiras e produtos simplesmente se resumir a apenas 19 players em 2030.

Segundo um estudo da consultoria AlixPartners, uma em cada sete marcas chinesas sobreviverá com lucro em 2030, enquanto a maioria irá sucumbir aos longos dos anos em uma estrada de prejuízo, que as levará à falência.

Ou seja, 118 marcas desaparecerão num grande expurgo financeiro que acontecerá no gigante asiático, com uma enorme quantidade de falências como nunca se viu no setor automotivo mundial em tão pouco tempo.

A atual guerra de preços existente no mercado chinês levará a maioria das marcas para o equivalente chinês do Capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA.

Como se sabe, várias marcas chinesas sumiram do mapa nos últimos 10 anos e algumas delas operaram no Brasil, como a Lifan , por exemplo.

Mesmo entre as marcas mais recentes, como startups de carros elétricos, falências não foram raras e a última registrada foi da marca WM. Assim, grandes grupos chineses serão os vitoriosos nessa situação onde os mais fortes sobreviverão.

Para competir com marcas grandes, as pequenas precisam baixar preços e reduzir suas margens de lucro, porém, elas não conseguem manter os valores baixos como os grandes players, que possuem robustez financeira para sustentar a guerra.

Então, fabricantes menores começarão a falir por falta de condições econômicas e as grandes montadoras ampliarão seu ataque com mais produtos para ocupar o espaço que as menores deixarão ao longo do processo.

Há poucos anos, o governo chinês apoiava a fusão de grandes montadoras que absorviam os concorrentes mais fracos, mas com a guera de preços, Pequim não precisa interferir na evolução natural das espécies, com os mais fortes devorando os mais fracos.

Então, em 2030, veremos, segundo o estudo, grandes montadoras como BYD, Geely, SAIC, FAW, GAC, GWM, DongFeng, Changan, entre outras. O estudo não fala de eletrônicas como Huawei, Xiaomi ou Foxconn, mas é seguro acreditar que estarão no grupo, devido a sua robustez financeira e tecnologia.

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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X