Um novo estudo publicado pelo Conselho Internacional de Transporte Limpo (ICCT) traz dados contundentes sobre a diferença nas emissões entre carros elétricos e modelos a combustão.
E os números não deixam margem para dúvidas: veículos 100% elétricos vendidos hoje na Europa emitem, ao longo de toda a sua vida útil, 73% menos gases de efeito estufa do que os movidos a gasolina.
Isso já considerando as emissões geradas na fabricação, uso e descarte do veículo.
A diferença é ainda mais impactante quando se compara com os números de apenas três anos atrás. Em 2021, a redução era de 59%.
O avanço mostra o ritmo acelerado com que os carros elétricos estão ficando mais limpos — mérito da maior eficiência energética e, principalmente, da rápida mudança na matriz elétrica europeia.
A estimativa é que, já em 2025, mais da metade da eletricidade na Europa seja gerada a partir de fontes renováveis. Em 2045, essa fatia pode chegar a 86%.
E como os carros vendidos hoje continuarão rodando por 15 ou até 20 anos, o impacto positivo tende a aumentar com o tempo.
Enquanto isso, os híbridos e plug-in híbridos andam de lado. De acordo com o estudo, modelos híbridos comuns reduzem as emissões em apenas 20%, enquanto os plug-in híbridos chegam a no máximo 30% — e isso em condições ideais.
O problema é que, na prática, muitos proprietários desses veículos acabam usando mais o motor a combustão do que o sistema elétrico, o que compromete toda a promessa de economia e sustentabilidade.
Outro ponto abordado pelo ICCT é a polêmica das emissões na produção dos carros elétricos, que realmente são maiores do que as dos modelos a combustão por conta da bateria.
Mas isso é compensado rapidamente: em média, com 17 mil quilômetros rodados, o carro elétrico já elimina essa desvantagem — uma marca facilmente atingida em um ou dois anos.
O estudo também critica líderes da indústria automotiva que, segundo os pesquisadores, vêm distorcendo dados para defender os híbridos como “solução viável” para a transição.
“Análise de ciclo de vida não é exercício de imaginação. É ciência”, reforça o pesquisador Georg Bieker.
A mensagem do relatório é clara: se o objetivo é realmente reduzir as emissões do setor de transportes, não há mais tempo a perder com soluções paliativas.
A aposta precisa ser total nos carros elétricos — e os dados mostram que isso já está funcionando.
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