
Quem dirige em Maryland precisa ficar atento: o estado está investindo pesado em câmeras de fiscalização eletrônica.
Nos últimos dois meses, mais de 48 mil motoristas já sentiram no bolso a rigidez das novas regras.
Embora o uso de câmeras tenha começado há mais de duas décadas com sistemas para flagrar avanços de sinal vermelho, a evolução foi rápida, e hoje Maryland caminha para ser um dos lugares mais rigorosos dos Estados Unidos no controle eletrônico de velocidade.
Durante um tempo, os legisladores locais até tentaram conter o avanço das tecnologias de fiscalização, mas isso ficou no passado.
Nos últimos dez anos, Maryland não apenas aumentou o número de locais com câmeras fixas, como também liberou o uso em zonas de construção — e o detalhe é que a fiscalização vale mesmo quando não há trabalhadores presentes.
Em 2025, entrou em vigor um novo esquema de multas progressivas para quem ultrapassa o limite em áreas de obras. O valor da penalidade varia conforme a velocidade do infrator e pode dobrar se houver operários trabalhando no local.
A multa mais pesada chega a impressionantes 1.000 dólares para quem ultrapassar o limite em 40 mph (cerca de 64 km/h) ou mais. Tudo isso sem abordagem policial: o motorista só recebe a notificação pelo correio.
Os valores são claros: quem ultrapassar o limite em 12 a 15 mph paga 60 dólares (ou 120 com trabalhadores presentes); entre 16 e 19 mph, a multa é de 80 ou 160 dólares; de 20 a 29 mph, 140 ou 280 dólares; entre 30 e 39 mph, 270 ou 540 dólares; e acima de 40 mph, o temido 500 ou 1.000 dólares, dependendo da situação.
Apesar de a lógica por trás do aumento das multas em áreas de trabalho ser compreensível — afinal, a presença de trabalhadores exige atenção redobrada —, muitos questionam a fiscalização contínua em locais onde claramente não há atividades acontecendo.
Quem conhece as rodovias do Meio-Atlântico sabe que, muitas vezes, os desvios em zonas de obras são tão simples quanto os congestionamentos habituais da região.
Vale lembrar que Maryland exige que todas as zonas de fiscalização eletrônica sejam sinalizadas e divulgadas previamente, o que, de certa forma, favorece os motoristas.
As áreas monitoradas são informadas no site oficial, e placas indicativas alertam sobre a presença de câmeras. Quando as obras estão ativas, luzes piscando reforçam o aviso de multas dobradas.
Dos mais de 48 mil flagrantes registrados em apenas dois meses, 23 motoristas receberam multas de 1.000 dólares, todos por trafegar em altíssima velocidade em zonas ativas de construção, conforme apurou a FOX Baltimore.
Para quem dirige por Maryland, a lição é clara: atenção redobrada e pé leve no acelerador, especialmente onde as câmeras estão de olho o tempo todo.

Quer receber todas as nossas notícias em tempo real?
Acesse nossos exclusivos: Canal do Whatsapp e Canal do Telegram!