Mais uma ação do governo americano no sentido de barrar a entrada de carros chineses no país veio de uma proposta de Washington sobre questões de segurança nacional.
Segundo a Reuters, o Departamento de Comércio dos EUA propôs proibir softwares e hardwares de origem chinesa em automóveis, sendo estes essenciais em veículos conectados.
A alegação é a de que tais softwares e hardwares colocam em risco a segurança dos EUA, impedindo assim quase que todos os carros chineses de entrarem no país, mesmo se o imposto de importação de 100% fosse zerado.
Da mesma forma que montadoras como a GM, que importam carros chineses, também deverão remover tais dispositivos e programas de origem chinesa de seus veículos, bem como dos carros nacionais que usam sistemas de fontes chinesas.
As montadoras americanas terão alguns anos para substituírem tais dispositivos e programas feitos na China, porém, a proposta é para software e hardware feitos no país asiático e não os carros propriamente ditos.
O governo Biden teme “potencial manipulação estrangeira de veículos conectados à internet e sistemas de navegação”. Em fevereiro, a Casa Branca encomendou um estudo sobre potenciais perigos de invasão hacker em carros conectados.
Essa é uma questão em via de mão dupla, uma vez que a China também expôs sua preocupação com a Tesla, impedindo que militares tivessem acesso às bases do país com veículos de Elon Musk.
Aliás, o pacote FSD da Tesla não está ativo ainda por lá, por alegações de segurança, embora haja promessa de ativação do serviço usando a Baidu como banco de dados do país.
Gina Raimondo, secretaria do Comércio dos EUA, disse: “Em uma situação extrema, um adversário estrangeiro poderia desligar ou assumir o controle de todos os seus veículos que operam nos Estados Unidos ao mesmo tempo, causando acidentes e bloqueando estradas.”
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