
À CNN, Roberto Azevêdo, ex-diretor-geral da OMC, analisou o impacto das tarifas sobre carros importados nos Estados Unidos, destacando que os efeitos dessas medidas só serão plenamente percebidos no final ou após o atual governo.
O objetivo declarado das tarifas é estimular a reindustrialização e atrair montadoras para o país, criando empregos.
No entanto, Azevêdo aponta desafios significativos, como o tempo necessário para novos investimentos, que pode levar de três a quatro anos, considerando a escolha do local e a obtenção das licenças.
Além disso, a incerteza em torno das políticas dificulta decisões empresariais, já que ninguém inicia uma produção sem clareza sobre as regras do jogo.
Outro fator de complexidade são os acordos comerciais já existentes. O Canadá, terceiro maior fornecedor de automóveis dos EUA, enfrenta dúvidas sobre como as tarifas serão aplicadas e combinadas com medidas anteriores.
O caso mais extremo envolve carros elétricos chineses, que podem ser submetidos a uma tarifa total de 172% devido a sucessivas medidas protecionistas.
Azevêdo traça um paralelo com a Lei Smoot-Hawley de 1930, que aumentou tarifas e, embora não tenha causado a Grande Depressão, agravou a recessão e levou a retaliações comerciais, reduzindo dois terços do comércio mundial em cinco anos.
A preocupação do ex-diretor da OMC se intensifica com as novas tarifas previstas para 2 de abril, cujos detalhes ainda não foram divulgados.
Ele alerta que essa incerteza pode ter consequências significativas para o comércio global e a economia mundial.
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