Exame toxicológico para obter CNH é aprovado na Câmara dos Deputados; projeto de lei segue para sanção presidencial

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Obter a Carteira Nacional de habilitação já não é nada acessível para boa parte da população devido ao alto custo e agora tende a ficar mais cara com a adição de um novo exame, o toxicológico.

A proposta do projeto de lei consiste em tornar obrigatório o exame toxicológico para candidatos à CNH nas categorias A e B, mesmo que sem atuação profissional para transporte de passageiros (aplicativo ou táxi ou carga (delivery e entregas).

O Projeto de Lei 3965/21, do deputado José Guimarães (PT-CE), recebeu mudanças propostas pelo Senado, sendo o texto referente ao direcionamento de parte dos recursos arrecadados com multas de trânsito para a formação de condutores de baixa renda.

O relator, deputado Alencar Santana (PT-SP), deu parecer favorável ao projeto e o Plenário aprovou emenda exigindo o exame toxicológico de todos os motoristas de categoria A ou B para a primeira habilitação (permissão de dirigir).

Hoje, a exigência vale só para condutores de categorias C, D e E, seja na primeira habilitação ou nas renovações.

Além disso, a emenda também permite que as clínicas médicas cadastradas para fazer exames de aptidão física e mental façam coleta de material para realização do exame toxicológico, a ser realizado em laboratório credenciado.

Santana afirmou que retirou do texto a necessidade de fazer exame toxicológico para todas as categorias, com renovação a cada 2,5 anos. Ele disse: “Tiramos esses excessos e deixamos somente para a primeira carteira. Lembrando que a lei já exige para as categorias C, D e E [veículos de carga, transporte de passageiros e combinações de veículos]”.

Todavia, o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) declarou que a carteira de motorista é um luxo para muitos jovens. Ele comentou: “Já tem exame médico, teórico e prático. Estamos incluindo algo a ser arcado pelo jovem e que não vai ter perto da efetividade que se está defendendo”.

Pela proposta, a exigência do exame fará com que o candidato tenha de pagar entre R$ 110 e R$ 250 a mais na carteira.

Outro crítico da proposta, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ), alega que a exigência do exame para a primeira habilitação é um exagero. “A finalidade original do exame é para motoristas profissionais”, afirmou.

Do lado oposto, a deputada Soraya Santos (PL-RJ) avaliou que o custo a mais pelo exame é muito menor do que o tratamento de uma eventual vítima do trânsito. Ela questionou: “Quanto custa um tratamento de uma pessoa que está no hospital, todo quebrado?”

O texto segue para sanção presidencial e vira lei se assinado.

[Fonte: Agência Câmara de Notícias]

 



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Autor: Ricardo de Oliveira

Com experiência de 27 anos, há 16 anos trabalha como jornalista no Notícias Automotivas, escreve sobre as mais recentes novidades do setor, frequenta eventos de lançamentos das montadoras e faz testes e avaliações. Suas redes sociais: Instagram, Facebook, X