O colecionador Flávio Noronha propôs a restauração do Ford Galaxie 500 1974, que foi o último carro particular do ex-presidente Juscelino Kubitschek, presente no Memorial JK em Brasília.

A iniciativa envolveu o Exército Brasileiro que, por iniciativa de Noronha, fosse designado o 16º Batalhão Logístico (16º B Log) para efetuação da restauração do Galaxie 500 de JK.

Segundo o EB, a missão do batalhão é de apoiar a manutenção de material bélico e, dentre outras atividades, restaura viaturas miliares antigas.

Noronha procurou o comando do batalhão sugerindo uma nova reforma no velho Ford, já que o 16º B Log havia restaurado o Galaxie 500 em 2010.

Assim, após o escalão superior do Exército ser consultado e, aprovar a iniciativa, foi enviado um ofício para o Memorial JK, hoje a entidade jurídica responsável pela preservação da memória do fundador de Brasília.

A oferta da restauração do Galaxie 500 de JK foi aceita e iniciou-se o planejamento do trabalho de recuperação do vetusto sedã executivo da marca americana, fabricado no Brasil entre 1967 e 1982.

Noronha disse que, para ele, o Galaxie 500 “tem que estar sempre pronto; é só colocar a bateria e sair” para poder participar de exposições e contribuir com a preservação da memória de JK.

Além do fato de ser o último carro de JK, o simbolismo atrás desse Galaxie 500 é que o ex-presidente foi praticamente o pai da indústria automobilística nacional ao criar a GEIA, Grupo Executivo da Indústria Automobilística.

Ainda que a Ford e qualquer outra montadora não participe dessa restauração, é importante frisar que a memória de JK está intimamente ligada à memória automotiva nacional, materializada na imagem icônica de Juscelino desfilando sobre um VW Fusca na inauguração da fábrica da Anchieta, em 1959.